O Poder de Viver
Foi esse o título que dei ao programa eleitoral que saíu do meu computador, com a preciosa colaboração de Roby Amorim.
Teve muitas contribuições e discussões, recordo particularmente uma com Barrilaro Ruas, que era um nacionalista extremo (não um extremista!) onde ficámos pelas meias águas (sou um europeista radical).
Dei-lhe o nome do programa presidencial do meu então amigo Brice Lalonde, e como imaginam deu com os burrinhos na água, mas ainda está aqui pelo computador, a história não acabou.
Desde 1978 colaboro mais ou menos em vários programas eleitorais, da UEDS, ao PS, do PSD, do PPM ao PCP, do Movimento Alfacinha aos CPL. Esse acima foi o 1º do MPT, hoje nas mãos de gente sem nome. Recordo que apresentei uma moção para a dissolução organizada num congresso ( e integração ou discussão desse no então ainda embrionário BE, sobre o que já tinha falado com o Miguel P.) com 19 pessoas e tive 7 votos contra 9 e 3 abstenções, o arrependimento agora não chega.
Tive ao longo da vida muitos encontros, e alguns desencontros que também foram encontros com o Viriato, que é sem sombra de dúvida, sem que isso signifique total entendimento nem omita divergências circunstanciais, talvez o mais qualificado pensador da filosofia política ecologista dos nossos tempos, um dos melhores, sem dúvida.
Partilhamos também o federalismo e a Europa.
Nos contos "...de rastos..." que escrevi nestes tempos conto algumas estórias. Esqueci no tinteiro as da polis "polis", que também interligam a ecologia e filosofia política dessa.
Li, ontem, do V.S.M., no D.N. não resisto a aqui trazer este naco:
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Não queremos perder a dimensão europeia, apesar de hoje não existir um único dirigente capaz de pensar e agir em nome da União. Se perdermos a escala europeia, não regressaremos ao Estado-nação, mas cairemos sem rede no tribalismo e na subserviência aos impérios, decadentes e/ou emergentes. Também não queremos que a saída da calamidade da covid-19, que deverá durar anos, seja feita à custa da aceleração da crise ambiental e climática, que devastará o futuro durante séculos. Se quisermos, os aviões ficarão em terra. Quando os Estados se rendem às forças do caos, cabe a cada cidadão o dever de representar a humanidade inteira.
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