insignificante
Sunday, May 28, 2023
 

 Concerto de Homenagem ao Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles

A Comissão Ad Hoc dos 100 anos de Gonçalo Ribeiro Telles,” OLHAR O FUTURO COM RIBEIRO TELLES”, vem informar da realização de um concerto com Rodrigo Leão no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, no dia 18 Junho pelas 21:00.

O espectáculo a apresentar será “Os Portugueses”, que reúne uma escolha de composições de Rodrigo Leão cantadas em português, assim como alguns instrumentais compostos para a série televisiva de Joana Pontes e António Barreto “Portugal, um retrato Social”. Neste concerto haverá também a oportunidade

de assistir pela primeira vez a uma composição original dedicada a Gonçalo Ribeiro Telles. Ana Vieira (voz), Viviena Tupikova (violino), Carlos Tony Gomes (violoncelo), Bruno Silva (viola) e João Eleutério (multi-instrumentista) acompanham Rodrigo Leão em palco.

A entrada para este concerto é gratuita, limitada à lotação da sala e os bilhetes devem ser levantados na bilheteira do Teatro Tivoli BBVA

A Comissão agradece os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e do BBVA .

voltaremos a recordar.
 

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Monday, February 20, 2023
 

 nem assim levamos a carta a Garcia, mas fico comovido ao ver o mestre:

cujo espírito continua a caminhar.


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Wednesday, December 21, 2022
 

 obrigado Jorge, pela referência!



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Thursday, December 15, 2022
 

 Não há reparação possível e ver os submarinistas fazerem a verifica dos sacos degradados que embolsaram o castelo só nos aumenta a tristeza. Podia ter sido evitado, bastava seguir os projectos, também, de GRT

um castelo construido com, em xisto único no mundo e uma zona pejada de locais religiosos,

e,

e não basta, agora, mostrar estas imagens e alguns objectos arqueologicos, e não verifiquei a existência de nenhum livro de comentários.... um que havia no Museu arrancaram-lhe uma folha que dizia algumas verdades....



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Monday, December 12, 2022
 

 Hoje, em resposta a um querido amigo e braço direito de G.R.T. escrevi:

"Claro, os túneis, que GRT nunca defendeu, são um mero paliativo face a destruições que já foram feitas. O investimento devia ser feito no ordenamento do território e na re-naturalização onde fora possível, e criação de charcas/esponjas/ áreas verdes de infiltração, em vez das mega urbanizações e construções, com 5 ou 7 andares no subsolo!!!  também na frente de rio.
Tudo o com o que o Sá Fernandes foi conivente."
E nada mais

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Thursday, December 08, 2022
 

 É inaceitável, é inaceitável o gasto de mais de 9 milhões de euros em obras inúteis com o objectivo de combater as cheias, que serão cada vez mais e mais violentas, sem qualquer estratégia e sem qualquer pensamento sobre o território e o seu enquadramento com a sua diversidade e os seus recursos hidricos, que foram é um facto, quase todos destruídos e era  para esses que deveriam ser canalizados investimentos, para a recuperação das ribeiras ou das suas envolventes, quando, como na maior parte dos casos essas já foram canalisadas, e para a criação de áreas ou bacias de retenção no seu entorno ou a montante em vez de se continuar a urbanizar como se não houvesse amanhã e a fazer tubos, diminutos como se vê, ou pelo menos inaptos para a maior enchente previsível, como se fez em todo o lado e nos túneis viários os disparates não tem conta.

Assistir ao espectáculo de virgens carpideiras a chorar sobre o leite que elas próprias derramaram, como é o caso de Isaltino, responsável pela impermeabilização de áreas fundamentais para escoamento das águas, em Oeiras  o os sucessivos Presidentes de Lisboa que cuidaram de construirem a torto e a direito (com caves profundas) na frente de rio, é de bramar aos céus.

Deviam ser todos presos. Já com Gonçalo Ribeiro Telles defendi na vereação de Lisboa, nos anos 80, lógicas de recuperação da interligação do campo com a cidade e denunciamos o mastodonte de saneamento em Alcântara..... e agora.... pois agora queixam-se.

E o Centro Champalimaud, aprovado depois de sabemos o quê.... e o edifício da EDP, com caves de quantos pisos?

Mas nestas alturas o jornalismo de investigação deixou de existir, aliás cada vez existe menos ou a hegemonia, o patronato, e censor/editor está de serviço.

Continuamos a resistir.

E não perder:

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=I4lSw3KjTIs&t=23s&utm_5

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Monday, November 28, 2022
 

 Amanhã:


 

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Wednesday, November 09, 2022
 

 Amanhã, não percam:

talvez, talvez até alguém se mostre indignado com mais um atentado aos jardins do mestre, ou pelo menos a tantas coisas que se fazem invocando o seu nome e que são tudo o contrário do que ele projectava.....


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Friday, November 04, 2022
 

 Mais de 50 presenças deram espessura a uma sessão que foi, como o Alex Gandum, autor das fotos me disse e outros o confirmaram, um grande momento, de homenagem a Gonçalo Ribeiro Telles e também onde se olho o passado com os óculos para o futuro.

Foi olímpico!

                                                                            aqui parte da assistência

                                                                      a mesa, tutelada pelo mestre!


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Tuesday, November 01, 2022
 

 Para saber e conhecer as estórias de Gonçalo Ribeiro Telles, para dar vida ao seu pensamento e articular politicamente as suas ideias nada como os seus companheiros e amigos de diversas fases da sua vida, a de oposicionista ao fascismo e desde logo expoente de um pensamento inovador ecologista e cívico, as grandes lutas, desde a legislação pioneira de defesa do Sobreiro ao Ordenamento do Território, passando pela luta contra, contra mesmo Alqueva e a nuclear e pelas energias alternativas e sobriedade energética, desde logo contando connosco desde que o conhecemos por via da luta contra Alqueva, sendo que já o admirávamos, a lógica de defesa e integração das áreas protegidas no quadro do território, a luta pela defesa das cidades e integração nestas da ruralidade, quem não se lembra das hortas sociais que eram objecto de mofa de muitos que hoje as patrocinam?, e da agricultura urbana, com as ligações verdes e modificação da lógica de desenvolvimento da cidade.

O acompanhámos e salvo em questões de direitos civis que nos opunham, sem com tal criar qualquer incompatibilidade sentimental, recordo a IVG, em que nos contraditamos em colunas do D.N. a defesa da legalização das drogas e do federalismo europeu, em que nem por eu defender essas posições deixou de me prefaciar, com grande carinho um livro meu, e outros temas de defesa de políticas de género e identidade, ou até da eutanásia, que chegámos a discutir.

5ª feira a partir das 18.30 no CCB iremos dar vida ao seu pensamento e sem com tal o responsabilizar dar conta de como a Ecologia Política se opõe, radicalmente, às actuais políticas dominantes, como tentamos romper com o discurso da hegemonia que domina o sistema, um sistema bloqueado e em estertor sem dar por isso, ou que dado o domínio da informação pelos donos do mesmo, em aparência não se nota : "Deixai-os! São cegos que guiam outros cegos. E quando um cego conduz outro cego cairão ambos no mesmo abismo" Evangelho de Mateus. Nós somos os que não os deixam, contra tudo e contra todos defendemos a vida, o Poder de Viver, como titulámos o 1º programa ecológico que apresentámos com Gonçalo Ribeiro Telles à cabeça.

Não o esquecemos.



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Tuesday, May 24, 2022
 

 

HONRAR GONÇALO RIBEIRO TELLES 

O HOMEM, A VIDA, O PENSAMENTO, A OBRA. 

 

 

Num momento em que se fala de Gonçalo Ribeiro Telles, nem sempre tendo coerentemente em conta o seu pensamento, a sua obra e a sua ação, inclusive como iniciador da legislação de proteção do ambiente em Portugal, alguns que o acompanharam, e desejam continuar a pôr em prática o seu espírito, sentiram necessidade de romper um falso consenso, quando as políticas públicas se alinham em contradição com o que ele sempre defendeu, arrastando a desorganização do território, a destruição da biodiversidade, a destruição da paisagem enquanto valor cultural e identitário, e as lógicas de um desenvolvimento contra o ambiente e a sustentabilidade, apesar de embrulhadas num discurso «verde». Impulsionámos por isso um curto texto-manifesto já subscritos por 86 pessoas que com ele concordaram. Esperamos também promover proximamente diversos eventos na linha de "Olhar o Futuro e Honrar GRT". 

 

“Honramos, em Gonçalo Ribeiro Telles, no centenário do seu nascimento, o Professor, o Arquitecto Paisagista, o homem político, o defensor do mundo rural, e da cidade entendida como o enlace da sociedade e da natureza, e não como puro artifício. Nele honramos, no quadro da legislação que criou, a resistência à destruição dos espaços naturais e da sua cultura, e a aposta na identidade humana com a Terra, que se configura na valorização da ruralidade. 

Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é defender o municipalismo como forma de organização cívica e de respeito pela história, em vez da artificialização e centralização administrativa constantes. É pugnar pela centralidade do solo, da sua proteção, conservação, regeneração. É agir sempre com base no respeito consequente pelas áreas protegidas, valores naturais, ecossistemas e biodiversidade. 

É defender o ar, a água e o solo como fontes primaciais da vida. É defender políticas agro-pastoris-florestais coerentes. É defender as características sociais, culturais e locais dos territórios e das paisagens, se necessário transformando-as, inspirando-nos no seu passado para, recorrendo ao seu carácter e dinâmica genuína, construir aquelas que o presente e o futuro reclamam, na perspetiva de uma nova interpretação da modernidade. 

É entender e actuar na paisagem enquanto sistema vivo, resultante da união íntima entre ecologia e cultura, respeitando a memória biofísica e antropológica que a configura. É pensá-la como espaço de vida e valor identitário e concebê-la muito para além de simples cenário. É acreditar que a paisagem é uma realidade fundadora da qualidade de vida das comunidades. 

É combater os desperdícios, a entropia dos sistemas energéticos e produtivos, defendendo a escala adequada dos sistemas alternativos, sempre num quadro da maior participação das populações e das comunidades, concretizando de forma definitiva a rejeição que foi a sua da energia nuclear e tornando obrigatório o desinvestimento nas energias fósseis. 

Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é dar continuidade ao seu pensamento e à sua obra.

 

 António Eloy, Aurora Carapinha, Fernando Pessoa, João Reis Gomes, José Carlos Costa Marques, Margarida Cancela de Abreu, Manuela Raposo Magalhães e Paulo Trancoso.” 

 

LISTA DOS 86 SUBSCRITORES QUE SE JUNTARAM AOS 8 DA COMISSÃO AD-HOC

Alexandra Azevedo

Alexandre Cancela de Abreu 

António Arruda 

António Braga 

António Cândido Franco 

António Covas

António Gonzalez 

António Lampreia 

António Luís Crespi 

António Serzedelo 

Arminda Deusdado 

Armindo Rodrigues Silveira 

Bento Morais Sarmento 

Carlos Marques

Carlos Martins 

Carlos Pessoa 

Carlos Pimenta 

Elísio Summavielle 

Eugénio Sequeira 

Fernando Nunes da Silva 

Filipe Jorge

Francisco Ferreira 

Helena Freitas 

Helena G. Pinto 

Helena Roseta 

Isabel do Carmo 

Isabel Elias 

Jacinto Rodrigues 

João Bau 

João Carlos Caninas 

João Cerejeiro 

João Gabriel Silva 

João Gouveia 

Jorge Leandro Rosa 

Jorge Marques da Silva 

Jorge Paiva 

José Carlos Morais 

José Luís Almeida e Silva 

José Marques Moreira 

José Sá Fernandes 

Luís Carloto Marques 

Luís Coimbra 

Luís Silva 

Luís Vicente 

Luísa Schmidt 

Manuel Costa Alves 

Macário Correia 

Manuel Antunes 

Manuel Carlos Silva 

Manuel Colares Pereira 

Manuel Ferreira dos Santos 

Manuela Araújo 

Manuela Correia

Margarida Correia Marques

Margarida Silva 

Maria João Cunha 

Maria Calado 

Maria José Varandas 

Mário Benjamim

Mário Tomé 

Mendo Castro Henriques 

Miguel Bastos Araújo 

Miguel Oliveira e Silva 

Miguel Sousa Tavares

Mila Simões de Abreu 

Nicole Januário 

Nuno Farinha 

Nuno Nabais 

Paula Marques 

Paulo Constantino 

Paulo Ferrero 

Paulo Soares 

Paulo Talhadas dos Santos 

Pedro Alexandre Triguinho

Pedro Soares 

Pedro Quartin Graça 

Raimundo Quintal 

Rui Cortes 

Rui Cunha 

Sérgio Infante 

Silvia Carreira

Suzana Fonseca 

Teófilo Braga 

Tomaz Albuquerque 

Valter Vinagre 

Viriato Soromenho Marques 

 

 


 

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 Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é, também, mais do que estas cerimónias que tem todo o mérito e grande importância, dar vida ao seu pensamento e acção, e desmascarar aqueles que passam a vida a invocá-lo, e defender o seu legado em palavras, mas fazem tudo o contrário do que o mestre defendia e pensava, tudo ao contrário da lógica de sustentabilidade do território e equilíbrio na construção das paisagens referenciando-lhe a biodiversidade e a sua perenidade, no quadro de uma construção cultural muito vasta e abrangente. Gonçalo era muito mais que um arquitecto paisagista, era um filosofo do fundo do tempo e um político conhecedor do social e da polis que este estrutura.



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Saturday, May 14, 2022
 

 Recordo Gonçalo Ribeiro Telles, neste excelente documento do nosso velho amigo António Marujo:

https://setemargens.com/goncalo-ribeiro-telles-1922-2020-portugal-de-luto-pelo-ambientalista-catolico-antifascista-e-pensador-do-territorio/ , o jovem

no momento em que a recolha de assinaturas para o texto Honremos G.R.T. segue em popa.

A ilustração é de Pieter Bruegel, o Jovem, de uma cena, uma matança, fundamental para a ruralidade que era um tema central, com as suas lógicas, costumes e tradições, para Gonçalo.



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Wednesday, May 11, 2022
 

 No momento em que demos inicio à recolha de assinaturas dos que se revêem na orientação política e no empenho cívico e ambiental de Gonçalo Ribeiro Telles, e que contestam o falso unanimismo que o rodeia, feito por gente que o adula e faz todo o contrário que ele indicava e defendia estruturadamente, no quadro de um adequado ordenamento do território e defesa das paisagens vivas, publiquei na Gazeta da Beira o seguinte artigo:

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A moral e a política

 

Honremos Gonçalo Ribeiro Telles*

 

“ Antes de a engolir/ a água fresca da fonte/ murmurou nos meus dentes”

Matsuo Bashô

 

Gonçalo Ribeiro Telles foi um arquitecto paisagista e homem político, opositor ao Estado Novo, e participante em muitas lutas pela democracia. Foi um ecologista e homem de cultura e, a seguir ao 25 de Abril, sub-Secretário de Estado do Ambiente e responsável pelos 1º textos legislativos de protecção do ambiente (um maravilhoso decreto lei de protecção do sobreiro!)e depois enquanto ministro da Qualidade de Vida  responsável pela maior parte da nossa legislação de ordenamento do território (REN e RAN, assim como, em parte, os PDMs) que têm sido por todos os poderes ignorada e desvirtuada, em favor de crescimento e de artificialização urbana e destruição de espaços rurais e da cultura a partir destes produzida (pelos P.I.N.s, nomeadamente). Para  Gonçalo Ribeiro Telles a ruralidade que não é um simples chavão, mas uma opção política para recuperar a identidade humana e a terra com ela.

Defensor do municipalismo, como forma de organização cívica e respeito pela história e sua continuidade, contra a artificialização e centralização, opôs-se à às regiões administrativas, que ora regressam, propondo sim um sistema de agregação de municípios numa lógica comarcal, sem novas estruturas e burocracias.

Gonçalo Ribeiro Telles entendia a paisagem enquanto sistema vivo dinâmico,  resultante da união intima entre ecologia e cultura e foi um empenhado defensor da biodiversidade e opositor da eucaliptação do país assim como um dos principais críticos de mega-projectos insensatos, ligados ao intensivismo agro-industrial como Alqueva ou Cova da Beira, propondo alternativas sustentáveis para o território. Hoje seria opositor do projecto Tejo Foi também um grande impulsionador de uma estrutura articulada de áreas protegidas, integradas num quadro global de políticas agro-pastoris-florestais.

Gonçalo Ribeiro Telles esteve connosco em Ferrel e acompanhou toda a luta contra a nuclear e por novas energias integradas e respeitando o ambiente.

Não chegam as palavras, nem estas são vazias, têm que ter poder.

Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é dar vida e continuidade ao seu pensamento.

 

·      esse o título de um documento colectivo, de Paulo Trancoso, José Carlos Marques, Manuela Raposo de Magalhães, Aurora Carapinha, Fernando Pessoa, Margarida Cancela de Abreu, João Reis Gomes e meu, sendo possível que seja subscrito por muitos outros. Algumas linhas aqui são desse tiradas. Constituímos uma Comissão para honrar a passagem do 100º aniversário do seu nascimento, contra a hipocrisia dominante que usa o seu nome para fazer o contrário da sua obra e do que dispunha com a sua acção. Talvez concretizemos alguma coisa.

Quero dar aqui também  testemunho da enorme humanidade de Gonçalo que aqui também ficou registada. Tínhamos muitas divergências, desde logo duas que constituem capítulos de um livro meu #Planetas Vivos são Difíceis de Encontrar# , que ele prefaciou. Sou um europeísta radical e um defensor da legalização de todas as drogas.  Pois não se incomodou nada e escreveu um documento magnífico, que me convidou para ler em sua casa. E algum tempo depois dividiríamos uma página do D.N. ele com um artigo contra a legalização do aborto eu a favor. Com civilidade e muita amizade, e compreensão. Sempre nos entendemos e como disse num artigo póstumo que lhe dediquei : ” O teu pensamento querido “tio” e amigo Gonçalo vinha de traz, vinha do fundo do conhecimento da natureza e do tempo desta e do que o homem com eles faz. A memória são os momentos em que o pensamento se continua. Vamos continuar.”

Vamos continuar a resistir. E a Olhar o Futuro.

 

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Sunday, May 08, 2022
 

 Algures em Lisboa:



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Wednesday, March 16, 2022
 

 para registo:



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Tuesday, March 15, 2022
 

 Publicado na Gazeta da Beira de 17 Março

A moral e a política

O legado de Gonçalo Ribeiro Telles

 “O homem é a natureza consciente de si!”

  Elisée Reclus

“ A rã não bebe água do lago onde vive?”

Adágio popular

A ecologia é uma política sócio-cultural.

Antes de mais uma nota: tenho origens em Barrancos, de uma família muito ligada à terra, um dos meus primos foi um dos criadores da raça mertolenga, e toda a vida os animais fizeram parte da minha vida.

E conheci Gonçalo Ribeiro Telles * pessoalmente em 1976 ou 77 e desde então, sendo que já era um militante e dirigente ecologista, ele faz parte da minha vida.

E sempre estive envolvido em discussões sobre a ruralidade, a vida dos animais, a pastorícia e com G.R.T. desenvolvi o entendimento da relação entre a agro-silvo-pastorícia e a nossa sociedade e cultura.

O toiro, seja na lezíria, seja no montado é um animal fundamental para a continuidade do espaço e da sua humanização. G.R.T. era um homem do Ribatejo e de todo o lado, muitas vezes falámos da relação do toiro com o homem e claro o cavalo, sendo ele de uma emérita família de cavaleiros.

A importância deste bovino para o equilíbrio da natureza, que é sempre uma parte criação, é da maior relevância. Onde hoje há águias imperiais ou abutres negros é em zonas de ganadaria taurina, a ligação entre a vida selvagem e a ruralidade é estreita.

Não se pode entender o ambiente sem o cultivo da vida, sem as relações que para esse cultivo sempre estabelecemos com a  nossa criação, as tosquias das ovelhas, a produção de queijos de diferentes espécies, a matança do porco e o fabrico de enchidos, sempre em lógicas de continuidade. Assim o toiro, desde sempre elemento de culto e de imaginário social e religioso, porque há sempre religiosidade nos rituais, e nas suas festas. A história dos toiros e da sua relação com o passado de onde vem e o futuro que modifica tem muitas gerações e tem vindo a transformar-se, com perdas é certo, mas com ganhos que são na sua conceptualização e melhor articulação com a palavra e o esclarecimento bem estruturado.

 

A cultura do toiro é fundamental para manter os nossos campos, sem que sistemas agrícolas destrutivos em lógicas intensivas contribuam para a sua monotonia e a sua destruição, seja por plantações em regadio intensivas, seja por plantações agro-florestais espúrias do território. Os toiros preservam o território, a sua existência e continuidade, obviamente articulada com os cultos que generam  foram base das discussões que mencionei que sempre chamaram a atenção para que o animalismo é uma doutrina ideológica contra o ambiente, a ecologia, e a natureza humanizada.

G.R.T., mesmo quando atacado ferozmente por animalistas, defendeu a ruralidade, a vida do campo e a sua continuidade.

Não consigo compreender como esta questão, este dado objectivo demora tanto em aparecer na discussão, ensarilhado em putativos e absurdos conceitos de espiritismo, de bruxaria animal, e de dados freudianos e espiritistas na análise da vivência animal.

Não se pode defender o ambiente sem defender as nossas criações integradas devidamente neste. O toiro não é, não pode ser, estabulado nem criado intensivamente. Ponto.

Comecei por referir a minha etnia, sou dos irredutíveis, como coloquei na capa de um dos meus livros monográfico sobre Barrancos. Nunca esquecerei dois momentos,

Um quando uma dirigente de uma organização animalista, com quem tinha e tenho uma relação cordial me disse nos anos 90 - António vamos iniciar uma grande campanha para acabar com as toiradas e vamos começar pelo elo mais fraco, Barrancos. Julgo que ela não sabia a minha origem, sabendo que eu contestava essa campanha, pensei- vai-te sair o tiro pela culatra....

A estória da luta do povo de Barrancos está bem documentada, durante cerca de 10 anos fomos vítimas e também arautos de uma cultura. E recordo no, talvez, momento mais crítico, quando falei pessoalmente com o ministro da tutela, colega universitário que me garantiu que a força não iria intervir, com mortes, que poderiam ser muitas para evitar o fim inevitável do animal, para ser comido, e como G.R.T. que me protestou o seu apoio incondicional e pessoal, mas acrescentou -António a nossa tradição não é essa....mas compreendo muito bem Barrancos! Continuamos.

 

*Cumpre este ano o centenário do nascimento do nosso mestre e ainda hoje louvado por tantos que desprezam o seu pensamento, mas chorado e continuado por outros que procuram dar vida ao seu legado. No dia 25 Maio, dia do centenário, estaremos atentos.

 

 

 

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Friday, November 26, 2021
 

 Na igreja de S.José dos Carpinteiros, entrada pela rua da Fé, está com horizonte breve uma extraordinaria exposição de trabalhos de Gonçalo Ribeiro Telles (além de nesta haver azulejos excepcionais que valem, também, a visita)

Os desenhos são uma imersão no trabalho e pensamento do Gonçalo, ainda por cima tivemos uma visita guiada pela Margarida Cancela de Abreu uma das suas discípulas dilectas.

Foram 2 horas de puro prazer.

do mestre várias obras que se sucedem:


e este o mapeamento dos cursos de água de Lisboa, e os verdes.

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Monday, July 12, 2021
 

 A tauromaquia, as corridas com toiros, são um momento, momentos importantes da ruralidade, de afirmação da ruralidade, das lógica e ligações, sociais, culturais, afectivas que tecem os costumes, a história e ligam o passado, a criação e relação com os animais, com este animal "doméstico" que é criado, vive para este momento, e agora até faz parte do "rewilding", o restauro da natureza, a recuperação do urro.

E depois é também cultura, no nosso caso a do cavalo, e aprendizagem, elegância e volteio, qual ballet que se realiza, a pé ou a cavalo na arena.

E claro também é gastronomia e tantos, tantos tempos em volta da "comida" do toiro. E também é arte visual pictórica, nem vale a pena mencionar, Goya, Picasso ou Miró, mas tantos, tantos outros artistas de altissima qualidade, e ou escritores, poetas que em torno desta arte descrevem o mundo.

Também os cartazes, os cartazes das corridas têm um molde, de arte, cheia.

este cartaz tem um desenho fantástico da cabeça do toiro. No outro para a corrida de dia 16 consta um sobrinho de Gonçalo Ribeiro Telles, que era aficionado, de uma grande família de Coruche, insigne nas artes tauromáquicas. Tive muitas conversas com ele sobre a ruralidade e sobre toureio que faz parte desta. Não se podem separar.


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Thursday, November 19, 2020
 

 Saíu hoje no Público:

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Continuamos contigo, Gonçalo

 

Estamos com  os que sempre te acompanharam, alguns mais de perto, outros mais de  longe e vamos continuar a dar corpo às ideias que contigo partilhamos. Vamos continuar a resistir com os valores e os conceitos com que inovaste o discurso e a prática social e política.

Alguns vimos da resistência democrática, que nos grupos monárquicos ou no Centro Nacional de Cultura,  com Francisco Sousa Tavares e tantos mais dinamizaste, outros encontrámos-te na denuncia do desordenamento do território, a propósito das cheias de 1967, outros, depois, quando produzes a primeira lei do mundo de protecção do sobreiro, em 1975, e a partir daí no percurso de estabelecimento dos elementos fundamentais do nosso espaço e do  ordenamento, a legislação das Reservas Nacionais  Ecológica e Agrícola, e também os Planos Regionais  de Ordenamento do Território  e os Planos Directores Municipais.

Entretanto muitos já tínhamos contigo criticado o projecto de Alqueva e proposto alternativas que hoje dariam outra vida ao Alentejo e à sua perenidade, e outros também dado força à oposição à energia nuclear que espreitou primeiro em Ferrel e depois um pouco por todo o país contra a qual, como tu, sempre fomos, assim como pelas alternativas energéticas suaves.

Não esquecemos a epopeia que foi o combate alfacinha em Lisboa quando defendemos contigo  dar a liderança às  hortas sociais na urbe,  e um outro desenvolvimento urbano que integrasse o agro, o  que na altura era considerado lunático, mas hoje vemos por todo o mundo a querer alterar as relações  cidade/campo.

Defendemos contigo outro desenvolvimento e outra  organização do território e hoje continuamos a lutar contra a monotonia produtiva e por outras lógicas económicas e sociais.

Partilhámos e continuaremos a partilhar com o teu espírito e inspiração tantas, tantas lutas,  e vamos continuar , com toda a transparência e integridade,  e sem necessidade de dizer o que não sentimos nem de usar palavras a que não damos significado.  

Vamos encontrar maneiras de corporizar uma grande homenagem nacional que Portugal te  deve promover mas, mais importante ainda, havemos de combater para que alguém surja na governação deste país  com capacidade e vontade para implementar no terreno, e não  apenas nos discursos,  as ideias por que lutaste toda a tua vida. Bem hajas, Gonçalo Ribeiro Telles!!

 

António Eloy

Carlos Pimenta

Fernando Santos Pessoa

João Reis Gomes

Jorge Paiva

José Carlos Costa Marques

Luis Coimbra

Paulo Trancoso

Rui Cunha

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