insignificante
Friday, May 12, 2023
 

 Não posso deixar sem nota duas alterações legislativas de hoje.

1- O direito a uma morte digna, seja o suicídio assistido, seja mesmo a eutanásia foi, finalmente legislado. Os direitos a uma vida justa, e a uma morte com menos sofrimento, que só alienados por visões do outro mundo e beatice religiosa continuam a tentar atropelar, ficou, que alívio, consagrado em lei.

2- Não percebo as inqualificáveis restrições à liberdades públicas e ao direito de exercer o meu usufruto, desde que em espaço aberto e/ou quando não prejudico ninguém, dizem-me por imposição europeia.

Temos que organizar a resistência, temos que reforçar o anti-proibicionismo, a todas as drogas. 

Recordem-se do poema de B.Brecht.... eles vieram pelos judeus e não reagimos, depois vieram pelos.....


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Saturday, December 10, 2022
 

 Um dos objectivos dos opositores aos direito à morte digna é criar a confusão, mentir deliberadamente e mistificar a lei e o direito.

Aqui um de El Roto que se aplica. direitinho:


 


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Thursday, December 08, 2022
 

 Hoje é dia da que concebeu sem pecado e que um Papa no século XIX (não percebia nada do corpo humano e sobretudo nem tinha a mínima do corpo feminino) proclamou como tendo, também, parido sem romper o hímen. Notável Virgem após 19 séculos de....

Mas lá estarei na procissão juntamente com as minhas 15 formandas que encontraram esse inacreditável, mas é mistério, como é mistério o regresso do sagrado ao Estado de Direito a propósito da eutanásia.

Irei na procissão e "rezarei" pelo direito a uma morte digna, porque o meu corpo, o meu direito,  e a não sofrer em nome de não sei quê.

E iniciarei uma leitura inspiradora e apropriada para o dia " Quanto maior a crença, mais ferozmente se despreza quem não a perfilha. E, no entanto, a maior fé seria acreditar no semelhante".

Não há vida sem morte. E para essa não devemos sofrer para qualquer ilusão.

há muitos absolutos. Num livro extraordinário na premonição do dogmatismo e do fanatismo, ligados seja ao nacionalismo, seja a uma qualquer religião ou Deus, igual que um clube de futebol ou até um prato e uma forma de estar. Um notável autor checo, na linha de outros notáveis, Kafka ou Bohumil, mas também de London ou Huxley e o maior de todos Orwell, todos da mesma malga.
 

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Sunday, November 27, 2022
 

 "temos o direito de possuir a nossa morte na consciência concreta da sua iminência e não sómente pelo conhecimento abstracto da mortalidade em geral"

" quando se conclui pela permanência de uma inconsciência profunda o emprego de meios extraordinários para manter a vida não é obrigatório. Estamos autorizados a pará-los para permitir ao doente morrer"

A 1ª é uma afirmação do filósofo. a 2ª é uma decisão papal.

Seria preciso uma lupa para decifrar os termos e os significados.

O Papa, também defende a eutanásia, em certos casos é certo, e ignora totalmente, como é habitual, o direito civil.

Mas o direito sobrepõe-se ao divino.

a eutanásia deve ser regulamentada, o direito de morrer deve fazer parte do juramento de Hipocrates.


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Thursday, June 09, 2022
 

 A minha experiência com os radicais ensinou-me a inverter, ou escavar o sentido das palavras. O direito à vida do direito, para contrapôr à ditadura que é a proibição do aborto, o direito à vida que é o direito à morte, pois só mentes religiosas e fanáticas é que não percebem que a morte é um momento da vida (sem retorno) e criar as condições para que esta seja digna e de acordo com a vontade, o direito individual é a defesa da vida do direito, dos direitos humanos.

Ver uma "perua" dizer que a eutanásia é contra os direitos humanos é confrangedor, confrangedor pela qualidade do jornalismo que temos, já que fanáticos religiosos sempre os houve, jornalista que não a confronta, antes a vende, como sabonetes, fedorentos.

O direito humano a uma morte digna, à eutanásia em Portugal acabará por ser legislado, como o foi, com enorme, enorme, sucesso o direito ao aborto. E antes cedo que tarde.

Infelizmente tal como em relação ao aborto, em que reconhecidas senhoras que tinham abortado (e até várias vezes, claro indo a Inglaterra) defendiam a continuação da sua ilegalidade, também neste caso pios e pias responsáveis por aumento de doses de morfina em doentes terminais ignoram que isso é, de facto, uma forma de eutanásia, e escupem as suas alarvidades.

Sou, pessoalmente, responsável por pelo menos 2 abortos (que acompanhei) e ajudei a minha mãe a morrer com tranquilidade, recordo de ter andado com a minha tia Maria Filomena, uma senhora muito maior e muito católica, em busca de morfina de farmácia em farmácia....e ela não hesitou.

Só quem não respeita a vida não respeita a morte e no caso temos que uma nuvem de fundamentalismo e trogloditismo religioso (que envolve também os comunistas de pensamento único e também religioso) quer obrigar os vivos a sofrer até morrer, no maior drama. Not in my name. Não em meu nome.

Veremos, veremos.

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Wednesday, December 01, 2021
 

 Vários parentes e amigos tiveram que desta vida ser libertados. Penso que todos por vontade, O aumento das doses de morfina, inevitáveis, foram erosionando as estruturas cardíacas ou todo o organismo entrou em falência. Não faz qualquer sentido a hipocrisia de alguns, em nome de uma suposta superioridade moral, em nome de absurdos princípios religiosos que não fazem parte de nenhuma exegese doutrinária, em nome da suposta necessidade de sofrer até morrer, e não é sequer razoável criminalizar e impedir, a morte assistida ou a eutanásia.

Estive com uma activista italiana Adele Faccio que me ensinou que o direito mais sagrado é o direito à vida, à verdadeira vida, com dignidade e responsabilidade. O direito ao nosso corpo, o direito a ter direito, a ter o direito sobre a vida deste e claro sobre a morte que é uma parte dessa vida.

É incompreensível que o direito a morrer com dignidade, como e quando, seja protelado por uma decisão beata, e irresponsável do Presidente da República. 

Vamos continuar....

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Friday, January 29, 2021
 

 Já aqui contei, quando talvez em 1983 ou 4 no encontro pela Paz de Perugia conheci a Adele Faccio, que já parecia um velha senhora. Era um veterana do movimento pela Paz e também uma activista pela Eutanásia. Foram as minhas primeiras conversas sobre o tema. A questão médica passou ao lado, porque o fundamental é a autonomia, quem, como, porquê decide. 

E é isso que os inimigos do Estado de Direito não querem, desde a pior padralhada ao estalinismo mais austero, em Portugal o PCP, Chega e CDS. Gente que não compreende e não respeita o direito individual e que coloca uma ideia mitológica acima da nossa vida. Já assim foi quando da questão do aborto, assim será quando se discutir a legalização da Maria. Nada que tenha a ver com áreas de autonomia individual e retire poderes ao Estado é legítimo para essa gente.

Hoje no Parlamento, com uma ampla, muito ampla maioria foi aprovada, é certo que um projecto lei muito, muito timorato, legalizando a Eutanásia.

É um primeiro passo na defesa de uma morte digna, uma morte santa.

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Thursday, February 13, 2020
 
Sou totalmente a favor da eutanásia, pelo direito a uma morte digna, em condições e que evite sofrimentos e degenerescências que só os que tem uma visão mística da vida podem defender.
A despenalização da eutanásia deve ser enquadrada por apoios e elementos para que o fim da vida, por vontade do próprio, in situ ou estabelecida atempadamente se possa materializar em todas as condições e com todas as condições.
Só coloco este post porque há alturas em que o silêncio é cumplicidade, e neste caso com o piorio da sociedade portuguesa, que depois de ter sido derrotada estrondosamente no caso do aborto, vulgo interrupção voluntária da gravidez, em relação ao qual lançaram todos os feitiços e anátemas tudo sempre, como agora, rodeado das mentiras mais escrofulosas e grosseiras, além de todas as manipulações, que como se tem vindo a verificar se revelaram todas, todas o que eram falsidades nem sequer piedosas, agora voltam a levantar a voz, como se vivéssemos debaixo do islamismo, nos tempos da inquisição  ou do comunismo soviético, todos da mesma laia.

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Tuesday, May 29, 2018
 
Foi lamentável o que se passou hoje no Parlamento, onde os conservadorismos mais reaccionários conluiados, de comunistas e outros anti-liberais de direita, se juntaram, animados por uma pequena turba de ignorantes e construtores de inverdades e manipulações grosseiras que se uivavam fora do mesmo, foi lamentável que em nome de nada, seja esse deus, e em nome do Estado-papá, por pouco é certo chumbaram os projectos para uma morte digna poder ser despenalizada, como acontece em cada vez mais mundo e sobretudo nos países fora do domínio do pensamento integrista.
Aqui uma notícia que retenho:
https://leitor.expresso.pt/diario/29-05-2018/html/caderno-1/temas-principais/nao-deixei-de-ter-huntington-por-a-lei-nao-ter-passado
conheço bem essa doença, o meu tio-avô, o meu tio e o meu primo, os três morreram cerca dos 40, 45 anos com ela a impedir-lhes a autonomia, grandes artistas que eram, Mário Eloy, Mário Eloy Filho e Sérgio Eloy viram a sua mobilidade, domínio do gesto e da palavra, e até do próprio corpo  serem derrotados por uma doença hereditária, genética e sem cura.
Talvez tivessem preferido uma morte digna, em vez do Telhal, de um incêndio doméstico ou de uma morte sofrida, talvez.
Mas esse desiderato continua a ser criminalizado. Faz lembrar a penalização da católica do suicídio...
Os absurdos da vida e da morte.

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Friday, May 25, 2018
 
Não é preciso, neste blog em várias ocasiões o fiz, escrever sobre o tema para que a minha posição seja conhecida.
Sempre fui contra a intromissão de qualquer sagrado no direito e da lei refém de qualquer pensamento religioso. Sempre me bati pelos direitos individuais absolutos, no quadro do Estado de Direito, que regulamenta, e só pode, a vida social.
O direito à morte, como o direito a verdadeira vida é um direito básico.
O direito ao meu corpo, à minha autonomia, seja qual seja a minha identidade é, deve ser absoluto.
Só quem defende, até contraditoriamente com o seu "munús" ideológico ( mas não será que esse é afinal outro?) o Estado papá, o domínio desse sobre a cidadania, julgada sempre atrasada e incapaz é que pode impedir o direito a uma morte digna e à eutanásia.
E atenção é evidente que estamos a falar do direito de uma minoria, que a maioria da população nos países desenvolvidos morre de civilização a mais sem o saber, e com isso parece que a preocupação é nula...
Legalizar o direito a morrer é retirar a morte do seu sagrado, ilusório. E respeitar o individuo.
E aqui, um excelente artigo, contra o pensamento fanático:
https://elpais.com/elpais/2018/05/21/eps/1526902652_415445.html


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Saturday, February 06, 2016
 
Obviamente que apoio.
Desde há muito, muito tempo que defendo este direito. Estive com Adele Faccio, uma notável radical italiana, nas primeiras lutas pela eutanásia no início dos anos 80 do século passado, e já organizei colóquios sobre este tema, que vivi muito de perto.

Aqui, de hoje no Expresso:

Somos cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à liberdade. Defendemos, por isso, a despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição.

A morte assistida consiste no ato de, em resposta a um pedido do próprio — informado, consciente e reiterado — antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura.

A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a morte assistida é um ato compassivo e de beneficência.

A morte assistida, nas suas duas modalidades — ser o próprio doente a auto-administrar o fármaco letal ou ser este administrado por outrem — é sempre efectuada por médico ou sob a sua orientação e supervisão.

A morte assistida não entra em conflito nem exclui o acesso aos cuidados paliativos e a sua despenalização não significa menor investimento nesse tipo de cuidados. Porém, é uma evidência indesmentível que os cuidados paliativos não eliminam por completo o sofrimento em todos os doentes nem impedem por inteiro a degradação física e psicológica.

Em Portugal, os direitos individuais no domínio da autodeterminação da pessoa doente têm vindo a ser progressivamente reconhecidos e salvaguardados: o consentimento informado, o direito de aceitação ou recusa de tratamento, a condenação da obstinação terapêutica e as Directivas Antecipadas de Vontade (Testamento Vital). É, no entanto, necessário, à semelhança de vários países, avançar mais um passo, desta vez em direcção à despenalização e regulamentação da morte assistida.

Um Estado laico deve libertar a lei de normas alicerçadas em fundamentos confessionais. Em contrapartida, deve promover direitos que não obrigam ninguém, mas permitem escolhas pessoais razoáveis. A despenalização da morte assistida não a torna obrigatória para ninguém, apenas a disponibiliza como uma escolha legítima.

A Constituição da República Portuguesa define a vida como direito inviolável, mas não como dever irrenunciável. A criminalização da morte assistida no Código Penal fere os direitos fundamentais relativos às liberdades.

O direito à vida faz parte do património ético da Humanidade e, como tal, está consagrado nas leis da República Portuguesa. O direito a morrer em paz e de acordo com os critérios de dignidade que cada um construiu ao longo da sua vida também tem de ser.

É imperioso acabar com o sofrimento inútil e sem sentido, imposto em nome de convicções alheias. É urgente despenalizar e regulamentar a morte assistida.

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civetta.buho@gmail.com

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