insignificante
Wednesday, January 31, 2024
 


 

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Friday, January 05, 2024
 

  não sei se trouxe aqui o I, mas aqui vai o II:


 

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Thursday, June 15, 2023
 

 O pensamento único condicionado pela hegemonia que controla a comunicação social, quase toda, as televisões por ex. já nem fazem ou sequer sabem o que é o contraditório, e os jornais nacionais vão pelo mesmo caminho, artigos jornalísticos vendidos, ignorando a deontologia e as regras do jornalismo, opiniões todas ou quase todas controladas e manietadas por quem paga, e se aqui ou ali ainda se lê alguém com interesse que se mantêm é só pelo escândalo que seria censurá-los também, mas há pouco, muito poucos que tenham autonomia e pensamento crítico. O discurso dominante é o da classe dominante, ou melhor é o da hegemonia....do capitalismo financeiro e da Hidra, do produtivismo e os outros 6 ismos que falaremos amanhã no programa da Movimento.

Esta semana saíu num jornal regional que escapa à hegemonia (assim como alguns espaços em rádios), por aqui ali e acolá alguma imprensa regional ou alternativa ainda dá as verdadeiras notícias,  e abaixo:

https://obseribericoenergia.pt 

e não esqueçam de subscrever, embora ora parado para reformulações.....vão ao arquivo para se informarem.

carregar para melhor leitura!
 

 


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Wednesday, March 15, 2023
 

 Aqui o artigo do mês:

e aqui, para melhor leitura:

A moral e a política

O Estado não tem alma, nem entranhas, é surdo à piedade*

 

“As histórias nacionais são invenções. (...) É o nacionalismo que engendra as nações e não o contrário”

David Mountain #Past Mistakes#

“Por “nacionalismo”, em primeiro lugar, entendo o hábito de assumir que humanos podem ser classificados como insetos e que grupos inteiros de milhões ou dezenas de milhões de pessoas podem com segurança ser rotulados como “bons” ou “maus””

George Orwell #Notas sobre o Nacionalismo#

1-Recordo com saudade uma grande discussão em Bruxelas com o meu amigo Roberto Cicciomessere, em 1984, era ele então deputado europeu, que durou horas. Ele tinha muito treino, tinha mantido um discurso no Parlamento italiano durante vários dias numa chamada posição de obstrução. A discussão foi sobre o que precedia o Estado ou a nação e já não recordo quem defendia o quê. Julgo que, hoje o tenho por evidente, que a nação é claramente uma invenção do século XIX (todas elas) e que, portanto, o Estado a precede, embora este assuma diversas formas, sendo básico ao sistema de impostos e a autoridade com ele articulada, e claro normalmente um quadro jurídico ou orgânico.

2-Temos vários Estados sem nação nos dias de hoje, ou constituídos por várias nações (estas muitas vezes com  especificidades como línguas e histórias, assim como determinantes socio-culturais,  inventados), quase todos os Estados africanos (resultantes de uma arbitrária divisão de impérios coloniais) mas também asiáticos ou até na Europa (em 1918 menos 10% da população ucraniana se reconhecia como tal, a esmagadora maioria tinha-se por russa, menos grega ortodoxa, ou simplesmente identificavam-se como camponeses!).

O Estado surge juntamente com o estabelecimento do primado da produção agrícola sobre outras formas mais avançadas de vida e economia a ela anteriores e passa e regressa a diversos sistemas de obtenção de mais valias, da escravatura ao sistema servil ao, com a acumulação primitiva de capital e o estabelecimento de limites e posse apropriação das terras, ao salariato.

Com a revolução industrial surge a necessidade de uniformização e para essa inventa-se a nação, com o reforço do poder central a conscripção e o sistema educativo, e a uniformização cultural e linguística, e claro o estabelecimento de facto de fronteiras, até aí meramente indicativa.

3-Já aqui referi os mitos e invenções que fazem a nossa história, de Viriato (uma mentira total!) ou Aljubarrota (uma escaramuça numa poça!) ou a chamada Restauração (uma crise no sistema de gestão do Estado), e os heróis, ou personagens do nosso cardápio nacional que nenhum deles quereríamos ter à nossa mesa! Mas poderíamos falar de outras, muitas outras mistificações, das quais e não a menor é a língua em que supostamente nos entendemos (a nossa pátria não é a língua!).

Mas todas, todas as nações tiveram que inventar os seus mitos, baseiam-se em mentiras e falsificações, vitórias exageradas, realizações inflamadas, factos alterados para fazerem a pátria ou adulterados se não a servem.

É claro que não convém contar nada disto às criancinhas poderiam questionar-se sobre a autoridade, e até Deus, Pátria e a Família, mas mesmo aos grandes é problemático, quantos “apostatas” têm sido ameaçados ou mortos, quantas doses maciças de Hegemonia não são destiladas com os discursos dominantes?

Estamos habituados a não pensar, não problematizar, não investigar, não ler nem confrontar os supostos donos da verdade.

Hoje trago, também para terminar, uma citação de uma enorme mulher que quando dei um curso de formação a quadros da élite da sociedade francesa, sem contestação a nomearam personalidade do século, Simone Weil. E podem substituir partido por  pátria, religião, doutrina ou ideologia.

“Salvo raras excepções alguém que entra num partido adopta docilmente a sua atitude de espírito (...) Que é muito mais confortável! A de não pensar. Não há nada tão confortável como não pensar.”

P.S. Ninguém, ninguém mesmo, fala de cessar fogo, de negociações, de paz! Quase ninguém!

* o título é de um político conservador, Georges  Clemenceau

 


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Wednesday, December 28, 2022
 

 A Moral e a Política



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Tuesday, April 12, 2022
 

 Saíu no último número da Gazeta da Beira:

A moral e a política

Sobre  o eco-fascismo e o animalismo

“ Os meios para atingir um fim são já o fim”

Hannah Arendt

“ O homem não é um meio em busca de um fim, o homem é um fim em si”

Immanuel Kant

 

Passou relativamente despercebida a adesão de uma das deputadas do Partido Animalista, das mais radicais desse, até foi referido que era do grupo armado desse partido, ao Chega. Nada de novo no horizonte, sobretudo para quem tem denunciado há muito a sobreposição desses dois grupos historicamente e também na actualidade (e nem é preciso ir até à extinta Brigitte Barbot, mas tantos outros casos....)

O nazismo, e os seus sucessores invocam os direitos dos animais para escamotearem as lógicas de equilíbrio ambiental e os verdadeiros direitos que são os humanos. Muitas pequenas histórias se poderiam contar sobre o tema, mas o que interessa é a ideologia e a sua prática.

Infelizmente e entre nós tem havido quem tenha ido nesse embalo socio-ideológico e  confunda os nossos deveres de criação, tratamento e cuidado (que também passa por lhes dar utilidade objectiva, e ninguém melhor para tal que os criadores), que temos e devemos para com os animais, o gado e outros domésticos, mas também para com  animais enclausurados, seja em casas seja em jardins ou parques zoológicos, infelizmente há quem confunda isso com lógicas políticas de animalismo sem se aperceber que estão a gerar o ovo da serpente, o fascismo subliminar.

Muitas vezes em contradição com a protecção da biodiversidade, mas o que é que isso interessa se protegermos o luluzinho?

 

 O nazismo baseia-se no mito da terra pura, da nação redentora, de uma sociedade perfeita, está articulado com a lógica do criacionismo e aí temos o momento de interligação com o animalismo que atribui aos animais a mesma dignidade que aos humanos, os coloca no mesmo patamar (o Holocausto é para isso uma referência de deshumanização! Do nazi-animalismo) . Obtido esse entendimento toda a ciência é colocada ao serviço da ideologia, e tudo o que é desconforme é expulso.

Tem havido um pouco por todo o mundo movimentos e partidos eco-fascistas que agrupam essas duas lógicas, que estão sempre agregadas, mesmo quando existem elementos desintegradores dessas, como tenho-o denunciado a  tentativa de co-optação de práticas de ruralidade por movimentos nazis em extremos opostos dos animalistas.

Nada do que parece é, todavia.

São duas caras da mesma moeda, que desvirtuam a vida rural, as suas práticas sócio-antropológicas, em nome seja de um discurso fechado para dentro de um imaginário mitológico seja de uma emergência puritana eivada como a outra de fundamentalismo animista.

Uma tema sobre o qual é necessário debate, que infelizmente não se pode ter com nenhuma das duas abas desse chapéu do eco-fascismo, que se julga detentor de verdades absolutas e incapaz de perceber o homem, enfim.

Só a irreversibilidade e a imprevisibilidade distinguem os homens dos deuses. Como diria Hannah Arendt.

Nota final: conheço e até estimo alguns prosélitos do animalismo. Que não têm claro a sua lógica e que por vezes saindo desse buraco são estimáveis companheiros em lutas ambientais. Noutras são os piores inimigos da Terra. É a vida.

 


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Friday, March 25, 2022
 

 Deixo aqui, como aperitivo, o início de próximo artigo na Gazeta da Beira:

# A moral e a política

Sobre  o eco-fascismo e o animalismo

“ Os meios para atingir um fim são já o fim”

Hannah Arendt

“ O homem não é um meio em busca de um fim, o homem é um fim em si”

Immanuel Kant

 Passou relativamente despercebida a adesão de uma das deputadas do Partido Animalista, das mais radicais desse, até foi referido que era do grupo armado desse partido, ao Chega. Nada de novo no horizonte, sobretudo para quem tem denunciado há muito a sobreposição desses dois grupos historicamente e também na actualidade (e nem é preciso ir até à extinta Brigitte Barbot, mas tantos outros casos....)

O nazismo, e os seus sucessores invocam os direitos dos animais para escamotearem as lógicas de equilíbrio ambiental e os verdadeiros direitos que são os humanos. Muitas pequenas histórias se poderiam contar sobre o tema, mas o que interessa é a ideologia e a sua prática.

Infelizmente e entre nós tem havido quem tenha ido nesse embalo socio-ideológico e  confunda os nossos deveres de criação, tratamento e cuidado (que também passa por lhes dar utilidade objectiva, e ninguém melhor para tal que os criadores), que temos e devemos para com os animais, o gado e outros domésticos, mas também para com  animais enclausurados, seja em casas seja em jardins ou parques zoológicos, infelizmente há quem confunda isso com lógicas políticas de animalismo sem se aperceber que estão a gerar o ovo da serpente, o fascismo subliminar.

Muitas vezes em contradição com a protecção da biodiversidade, mas o que é que isso interessa se protegermos o luluzinho?

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Tuesday, February 08, 2022
 

 Aqui, continuamos com ecologia política!



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Wednesday, January 12, 2022
 


Esta é de um homem que vai votar. Mas vai votar em quê?:

#Uma campanha triste, mas uma campanha necessária, que deveria ser de esclarecimento de posições e de apresentação de alternativas na resolução dos problemas reais e não de repetição de mantras ideológicos, como num moinho de orações tibetano, ou de apuramento dos killer instincts dos contendores, para gozo e satisfação dos jornalistas. A isto estamos condenados pelas tecnologias do nosso tempo? Troquemos-lhes as voltas, porque o dia é uma criança, como nos cantava José Mário Branco. Para que voltemos a ver o entusiasmo na política.#

Eu não votarei, em nenhuma circunstância! Mas Luís Castro Mendes é membro do P.S. e tem a lucidez de dizer a verdade nua e crua. Não há posições, não há alternativas, só os mantras do costume, que já tem décadas de incapacidade. 

Hoje falei com uma velha amiga, filha de um dos fundadores desse partido, que concordou comigo sobre a necessidade de reforma (radical) do sistema autárquico e a incapacidade das legislativas neste modelo eleitoral nos darem mais que uma abstenção astronómica, e eu a incentivá-la!

Só uma reforma radical do processo eleitoral torna o voto um instrumento democrático, este voto não é representação e a democracia não é, muito longe disso só o voto, ainda por cima anti-democrático no actual sistema de Hondt de círculos e desresponsabiliza eleitores e eleitos.

Não votar afirmando-o ou votar nulo ou branco não o afirmando, é a única forma de constranger a dita representação nacional que de facto não representa senão uma pequena minoria. Agora até querem que saía um governo minoritário dessa pequena minoria. Mas estão todos a brincar connosco?



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Thursday, October 28, 2021
 

 Mais ou menos o que saíu no Público de 4ª, online.

#A moral e a política

 “Que estrondo a indústria causa no mundo. A máquina é fonte de estardalhaço

G. Flaubert

“A vida é um conto, cheio de sons e fúrias, não significando nada”

Shakespeare

1-A Rainha de Inglaterra, sem pretender ser recebida por Biden, disse que não nos podíamos ficar pelo blá, blá, na cimeira de Glasgow.

Também não penso que tenha qualquer utilidade ser recebido por seja quem seja, o clima não vai ficar melhor, por nenhuma recepção.

Tudo já está, já foi dito sobre o clima, a redução da biodiversidade, o imperativo de reduzir as emissões, todas, a exdruxulosidade do sistema mundial  e a absoluta falta de autoridade das supostas entidades responsáveis por esse.

Montanhas de artigos, toneladas de livros, dezenas de horas de rádio e muitos, muitos programas de alienação televisiva (pois quê?), sem falar das indigentes redes sociais se entregarão a discorrer sobre a próxima cimeira do clima. Nestas últimas a coberto do anonimato inúmeros drolls (não seres), que a maioria dos comentários destas são criações algorítmicas sem existência real, continuarão a tentar espalhar mentiras, manipulações ou realidades virtuais, como aliás já o fazem há anos.

2-As verdadeiras discussões ou não são tidas ou são escamoteadas pela comunicação de massa, e mesmo a mais séria imprensa (escrita ou falada, que a vídeo é quase sempre lixo) se sujeita aos imperativos da publicidade ou dos publicistas, normalmente ligados a alguns sectores produtivos (sempre produtivos!) ou a segmentos políticos ou governamentais nas mãos desses.

Por exemplo fala-se da bazuca (que só pelo nome mostra toda uma cultura, ou incultura) e nunca, nunca se põe em causa a lógica que lhe subjaz, a do mais, mais produção, mais crescimento, mais consumo, mais energia (mesmo quando dizem querer diminuir as emissões, como se fosse possível ter Sol na eira e chuva no nabal), mais, mais, mais. Nunca, aliás nem sabem o que é a sobriedade energética, a agro-ecologia, a convivialidade,  nunca se ouve falar de tal ou se usam essas palavras é para pervertê-las e enchê-las de lama, pois nunca se discute a produtividade, o que é?, a perversão do consumismo a ela aliada (mais um número?), pois tal não cabe nas cabeças nem da esquerda nem da direita, mesmo que tenham um fundo, muito, muito ao fundo verde.

3- Não se afigura possível a não ser paliar, limitar o drama em que a humanidade já está mergulhada, e comparado com esse drama os vírus, seja quais sejam, seja qual a sua origem, os vírus todos são um joguete de criança. Esta cimeira de Glasgow vai ser mais um momento de folclore mediático, em que interesses e contra-interesses se irão degladiar, e no final ganham sempre os mesmos. O produtivismo desenfreado, a lógica do mais, mais, mais, mesmo e quando disfarçada para enganar os média sôfregos de regabofe.

4- Sabendo que Planetas Vivos são difíceis de encontrar (embora uns lunáticos continuem a desperdiçar este em busca de outro, inexistente) e lembrando que já os Enciclopedistas anunciavam um triste fim, se acabássemos com a humanidade, vamos colocar na agenda, não de Glasgow, outra coisa. Sem ruído que se possa contar, em próximo texto.#

 

 

 

 

 

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Tuesday, August 24, 2021
 

A moral e a política II

“Só graças aos que não têm esperança é que podemos ainda tê-la”

Jean Paul Sartre

4-  Mas no melhor pano caí a nódoa. Greta Thunberg a que se deve alguma da nova mediatização dos sérios problemas que enfrentamos, e que tem revelado capacidades e iniciativas notáveis cometeu um grave erro ao aceitar ser primeira página de uma revista de moda, onde é certo, vestida com roupas de luxo que serão vendidas como bomboms, referiu que não comprava senão o necessário e em 2ª mão. Pois mas.....é o dispilfário estimulado por revistas e revistinhas que é um dos principais  responsáveis pela degradação ambiental em áreas de produção intensiva e também não podemos esquecer por muito, muito trabalho escravo ou em condições que colidem com um mínimo de dignidade. E a água, pois não tarda nada teremos também no nosso país o solo a desparecer sob insensatos regadios impulsionados por funcionários políticos no Terreiro de Paço que nem sabem o que é agro-ecologia, como já acontece em toda a zona de Alqueva a caminho de ser um inferno, de exaustão de solos, culturas exóticas e contaminação, também dos ares e águas subterrâneas.

5-  Estive, ainda nos anos 80, mas já venho de antes, envolvido na colocação do clima na agenda, no quadro da preparação da conferência do Rio 92.

Infelizmente parece que nada foi feito a não ser aumentar as emissões, aumentar os químicos e poluentes, aumentar a destruição dos territórios e destruição da harmonia das paisagens, aumentar a ignorância e manipulação. E também a culpabilização de quem não tem o poder. E não posso deixar de referir área onde podemos fazer algo, mas onde os resultados são catastróficos, seja nas percentagens ínfimas de matérias recuperados, seja no processo errático, muitos dos reciclados continuam a ir todos para aterro....e será que nos vão culpabilizar, também? O único R válido é o re-utilizar, mas continuamos enfiados nos plásticos e latas e latinhas e sem introduzir a recuperação e a tara nas embalagens.

6-  Já é claro que não vamos a tempo de controlar as alterações climáticas. É  claro que os nossos dirigentes com poder de facto, articulados quase sempre  com os sectores finanço-industriais, são incapazes de perceber que essas são  resultado do crescimento económico que é sempre mais entropia no sistema no caminho do Armagedão, a que só chegaremos crescendo. E é claro que não vamos desistir, vamos continuar a apontar o dedo, a levantar a voz, a intervir, a sentarmo-nos e a tricotar. Não iremos desistir. E não esquecemos. Que fica registado.

António Eloy , Coordenador do Observatório Ibérico Energia https://obseribericoenergia.pt

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Monday, August 23, 2021
 

A moral e a política I

 

“ Nunca devo agir a não ser de modo que os meus actos possam ser lei universal”

Immanuel Kant

 

1-    A situação climática já não tem classificação. Só nos resta salvarmo-nos  do prejuízo, e este, no caminho para a Conferência de Novembro em Glasgow, é irreversível. Cada relatório é, sempre, sempre pior que o anterior. Mas pior que os relatórios aí estão, por todo o mundo, os extremos meteorológicos, chuvas intensas fora de época, degelos avassaladores, temperaturas nunca vistas, erosão crescente dos solos, destruição galopante dos recifes e da vida marinha, e desaparecimento ou diminuição irreversível de espécies e biodiversidade.

2-    Tenho grande apreço pelo activismo ecológico, mas por vezes até de amigos e estimados expoentes vemos erros e desvalorização do cerne do problema.

Noutro dia vi um velho amigo depois de perguntado o que podíamos fazer disse “comer menos carne”.... pois é uma boa intenção e muito saudável, mas não é por aí que se vai resolver ou sequer minimizar o problema. Devia ter proposto “acabar com a produção de gado e galináceos estabulados, impedir a queima de florestas para pastos, sobretudo em zonas tropicais, e claro encarecer o preço da carne, de forma a assim racionalizar o seu consumo e aumentar a qualidade dessa”, mas ao culpabilizar os indivíduos esqueceu que temos que equacionar o sistema de produção e alterar as lógicas de desenvolvimento, Mais crescimento? Não obrigado, mas tal não está na diminuição  do consumo individual, que é bom e útil, mas numa alteração das condições de produção.

3-    Recentemente um grupo ecologista, activo contra a nuclear espanhola e até contra as minas de urânio em Espanha, “deixou-se” financiar por uma empresa de mineração de urânio nacional, e temos outros, muitos outros casos em que grupos ecologistas se deixam seduzir, ou alguns dos seus dirigentes, por grupos económicos que quase todos têm rabos de fora.

E aqui temos outra variante do discurso de culpabilização “ poupar, melhorar a eficiência dos produtos, alterar hábitos” mas temos que referir tal pode aumentar o desperdício e de pouco serve. Temos sim que sair do domínio das grandes empresas electro-produtoras e por exemplo aderir à Cooperativa Coopérnico e não dar tréguas a ideias insensatas de mineração de produtos que não vão, mas não vão mesmo, reconverter o sistema mas antes se dimensionam no quadro de um crescimento sem quaisquer possibilidades de futuro. Os carros eléctricos e tudo o que lhe está atrás são paliativos e não soluções. Temos que alterar o paradigma e não nos deixarmos arrastar pela lógica de substituição e de mais produção, mais crescimento. Infelizmente e desde logo a linguagem militar não nos deixa esperança vamos ter mais do mesmo com a bazuca.  Noto a hipocrisia dos nossos governantes que ainda há pouco tiveram mel e louvaram  o pensamento, as ideias e o quadro de referência que nos deixou Gonçalo Ribeiro Telles.

 

....cont.....

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