e nada mais
As Nações Unidas referiram que é provável que tenhamos mais 3,2º no fim do século, números que reputo optimistas. Onde vão os 1,5º do acordo de Paris, que denunciámos como mais uma hipocrisia (com a Greenpeace e os F.O.E. entre outros), que depois maquilharam para 2º.
E em vez de aproveitar o vírus (que no Japão já está irresistível na 3ª vaga) para alterar o paradigma de desenvolvimento fazem tudo, mas tudo mesmo para voltar a mais do mesmo, aviões, minas, mais produção, mais químicos, mais vacinas, tudo, tudo em excesso, em vez de fazer diferente, fazer menos, alterar as lógicas e as ganâncias. E depois vêm uns sábios aureolados com gavetas cerebrais e anos de prisa, e vidas notáveis é certo, a anunciar que o mais do mesmo é diferente.
Não se não alterarmos tudo, mas mesmo tudo, e se há guito é aí, na revitalização da ruralidade, na alteração da lógica urbana, como criar aldeias na cidade, na alteração do consumo/produção de energia e de tudo, no investimento no poder dos consumidores, na modificação das políticas de género e de "raça", e num investimento decidido no terciário, que haverá alguma hipótese. E claro na defesa da biodiversidade e da ciência.
Bom, na próxima 4ª feira terei em mão, Edição da Colibri, a antologia em que participo, uma ideia excelente para pôr em papel ideias e aventuras que o Fernando Mão de Ferro teve, que junta alguns escribas numa aventura de sentidos.
Procurem nas livrarias, sabem os gosto que lhes tenho (nada da Amazons e etcs!) e passem um tempo, conheçam os livreiros (noutro dia na Bertrand do Chiado com uma jovem de meia idade recordei os que nos anos 60 me punham nas mãos livros de BD, na altura chamavam-se quadradinhos, nas mãos e depois outros...) e recuperem o tempo. Esse é também o grande desafio que enfrentamos.