Alqueva
Hoje no Público de 24/2, embora só o veja no online, o excelente jornalista que é o Carlos Dias (Picamiolos) escreve um artigo que devia ser lido, se soubessem fazê-lo, no ministério da Agricultura e na rua Di Século.
Ainda há cerca de um ano, tive que desmontar a argumentação de um dirigente do Bloco da Esquerda sobre as bondades do Alqueva. Estava, mal, muito mal informado. O Sahará caminha a passos de gigante pelo Alentejo, as terras estão super degradadas com as toneladas de químicos, e os betoneiros continuam a encher-se. O deserto humano é atroz, visitem Mourão ou a extinta aldeia da Luz, onde até apagaram um comentário que lá deixei no Museu, no livro de registo a denunciar toda a situação.
A água de Alqueva não serve para dar vida a nenhuma, nenhuma povoação (dizem que num ou noutro caso com custos exorbitantes e quantidades superiores a qualquer tabela de químicos ou patogénios).
Andei com o Gonçalo, por estas terras antes da malfadada barragem e também com Eugénio Sequeira ( um forte abraço) depois. Tenho assistido à mudança do P.C.P.. que vivia numa ilusão entre o sovietismo e a reforma agrária que se desvaneceu, mas que ainda hoje o B.E. prossegue (também arrisquei a expulsão, era o M.Portas candidato a Lisboa, de uma conferência desse, salvaram-me na altura Nunes da Silva e Helena Matos, os dois do grupo coordenador, por denunciar esse erro trágico)