Mais uma excelente
Sessão Olhar o Futuro com Gonçalo Ribeiro Telles.
Levantei a questão da nossa "vaca sagrada" chamada Fundação Calouste Gulbenkian. que em três ocasiões trespassou a ideia do Gonçalo Ribeiro Telles, pois referi que G.R.T. é, sobretudo uma ideia em movimento.
1- Quando destruiram o jardim com a construção do Centro de Arte Moderna, e lembrei os protestos que protagonizámos, o sit-in com dezenas de pessoas, o preparar Rudolf Bahro, na altura um filosofo de referência que viria a ser notável membro dos Grunen, que interpelou directamente Azeredo Perdigão que estava à sua esquerda num colóquio cheio, que o aplaudiu. O Centro todavia fez-se.
2- Quando a nossa comissão ao fim de 5 horas em 3 reuniões com administrador da Fundação e de apresentar diversos projectos todos com apoio de palavra e exuberância desse, se vê remetida para um funcionariozeco e nada, nada, nada. É o 2º golpe no espírito de G.R.T.
3- Embora a nossa amiga Aurora Carapinha não veja aí problema considero, que independentemente do valor do jardim que se irá cria na nova zona poder ser relevante, e mencionei que o autor desse ocupou 3/4 da sua apresentação a elogiar G.R.T. , nada mas mesmo nada articula esse com o parque desenhado em co-autoria pelo mestre. O novo jardim idealizado poderia estar em Marrocos, no Líbano, ou até no Algarve, ou até ao lado do Jardim Gulbenkian. Para mim, independentemente de reconhecer a dificuldade de articulação devido ao 1- acho que seria, é, possível criar uma leitura paisagística que interligue os dois em lógicas de complementaridade.
Infelizmente a Gulbenkian é uma "vaca sagrada", ninguém quase ninguém se atreve a levantar a voz, Subsídios, projectos financiados, prebendas, apoios, e etc, etc, etc por aí abundam.