Democracia limitada
Nestes tempos em que não existe nada temos oportunidade para conversas, e todos acordamos que a democracia é uma ilusão. Limitada pelos formalismos do sistema que limita, seja pelo caracter dos partidos (que como Weil penso que deveriam ser banidos) seja pelo afunilamento das estruturas (com T. Albuquerque dissecámos o disparate das nossas autarquias, nas quais também votei pela última vez) e a inexistência parlamentar e a sua escassa representação,
mas o pior, pior mesmo é a limitaçao da expressão de opinião, seja porque as televisões obedecem à voz do dono, a CNN/TVI nas mãos da nuclear, a SIC nas mãos dos hiper, que também controlam todos os jornais. Leia-se o meu último artigo de opinião. E até os jornais locais vão sendo amordaçados (alguns com passado sumiram num buraco da bermudas, e outros são controlados pelas Igrejas). As rádios, aqui e ali os jornalistas ainda encontram espaços mas cada vez mais raro que já lá está o editor/censor.
Hoje numa grande conversa com amigo no Brasil dizia-lhe que só pequenas, grandes lutas locais tem possibilidade de vitória e que o sistema global está num precipício, em alta velocidade e os tontos que vão ao volante não dão por isso, obnubilados pelo seu umbigo, e com a conivência da comunicação social que já não sabe o que é investigação ou está manietada pelo censor/editor.
Infelizmente grupos de activismo social, e ainda há 2 ou 3 e mais a nível local, que saúdo, fazem papel de espantalho a que os passarões não ligam nenhuma mas gostam de os ter presentes, como alguns opinadores que parece que só lá estão para dar o tal ar limitado, mas cada vez mais pequeno.
Cada vez mais vivemos no já vivido, e recordo que infelizmente já não há ninguém, nem nenhuma hipótese de dar a volta ao Estado a que isto chegou.
E não é só a depressão a passar de ano para outro, mas muitas conversas.....