O sino contra a nuclear
É uma estória, é a história, é um filme, são imagens 24 por segundo que ficaram, ficam no tempo. Foi uma luta, épica, monumental, dispersa e orientada, começou global, assentou local, continuou global. Camponeses, pescadores, ferrelejos, ecologistas, intelectuais de todas as áreas, especialistas da nuclear e do tempo, de tudo. E teve estratégia, até a inventada,improvisada pela D.Crialmina, a senhora do sino. E o guião vem do passado para o futuro, a nuclear, nas suas diversas formas é diagnosticada, está moribunda, só o guito a tenta salvar, mas não o pode é mortal. No filme está tudo, as alternativas, recordo que em Ferrel inaugurámos, em Portugal o Sol Sorridente, na altura a solar era embrião, ou talvez já gatinhasse, os ventos sopravam sem mover outras pás que a dos velhos moinhos, mas já os adivinhávamos. Outras tecnologias, o calor da Terra, as ondas do mar hoje aí estão, em frente onde hoje houvera o mostrengo, a anunciar energia, que enchem estas terras em cima das ondas.
E a alteração do paradigma, a eficiência e a sobriedade.
Tudo isso nos é mostrado em som e imagens neste "Sino contra a Nuclear", o sino de Ferrel de Raquel Hermínio. uma nova energia que fez este trabalho, um filme de alta, altíssima, qualidade. E que tenho que dizer é também uma querida amiga.
Com restrições de divulgação, dado o percurso em curso para esse, espero em breve anunciar sessões onde se poderá ver e discutir, festivais onde será luz, e até no écran, onde é certo noutro registo, se poderá ver esta memória do Moinho Velho para o Novo.
Um bem haja, desde já para a Raquel, uma mulher de empenhos, de luta e de continuidade, com amizade.