GONÇALO RIBEIRO TELLES
Passava pouco das 9 da manhã quando uma amiga (Manuela C.) me telefona a comunicar-me que o tio Gonçalo tinha morrido.
Não duvidei, sabendo das leis da vida e verti algumas lágrimas. Liguei ao meu querido amigo Carlos P. com quem os olhos se humedeceram mais.
Chegado ao escritório vou ler as notícias e com satisfação verifico que é mentira. Ignoro a origem (origem: Observador) e lamento ter, sem outra verifica, ter dado dessa conta.
As lágrimas não se perderam, porque o sentimento continua, e com o Carlos falámos do carinho que ele teve e que continua.
A vida continua a ser perseguida pela morte mas cada momento dessa é uma continuidade, que o espírito lhe assista.
Nestas duas horas, e recordei que na história houve quem estivesse mais tempo do lado da sombra e voltasse à luz, recordei muitas, muitas aventuras, muitas, muitas partilhas com o Gonçalo.
De quando o conheci, pessoalmente, de quando nos empenhámos em tantos projectos e lutas.
Julgo que foi em 1978 (quando foi minha testemunha de defesa, em 1985, disse à juiza que me conhecia de sempre e depois veio dizer-me - "António acho que menti...," disse-lhe que não porque eu sim o conhecia de sempre!) que o Luís Coimbra nos apresentou, por causa de Alqueva, de que difundi e sobre o qual também escrevi... em torno de um Livro Negro (de Alqueva).
Depois a nuclear....e Lisboa e o território e tudo e tudo que continue, que continuemos.
E chamo a atenção para o excelente artigo do nosso amigo Fernando S. Pessoa, ontem no Público sobre G.R.T.