Sessão GRT
Para saber e conhecer as estórias de Gonçalo Ribeiro Telles, para dar vida ao seu pensamento e articular politicamente as suas ideias nada como os seus companheiros e amigos de diversas fases da sua vida, a de oposicionista ao fascismo e desde logo expoente de um pensamento inovador ecologista e cívico, as grandes lutas, desde a legislação pioneira de defesa do Sobreiro ao Ordenamento do Território, passando pela luta contra, contra mesmo Alqueva e a nuclear e pelas energias alternativas e sobriedade energética, desde logo contando connosco desde que o conhecemos por via da luta contra Alqueva, sendo que já o admirávamos, a lógica de defesa e integração das áreas protegidas no quadro do território, a luta pela defesa das cidades e integração nestas da ruralidade, quem não se lembra das hortas sociais que eram objecto de mofa de muitos que hoje as patrocinam?, e da agricultura urbana, com as ligações verdes e modificação da lógica de desenvolvimento da cidade.
O acompanhámos e salvo em questões de direitos civis que nos opunham, sem com tal criar qualquer incompatibilidade sentimental, recordo a IVG, em que nos contraditamos em colunas do D.N. a defesa da legalização das drogas e do federalismo europeu, em que nem por eu defender essas posições deixou de me prefaciar, com grande carinho um livro meu, e outros temas de defesa de políticas de género e identidade, ou até da eutanásia, que chegámos a discutir.
5ª feira a partir das 18.30 no CCB iremos dar vida ao seu pensamento e sem com tal o responsabilizar dar conta de como a Ecologia Política se opõe, radicalmente, às actuais políticas dominantes, como tentamos romper com o discurso da hegemonia que domina o sistema, um sistema bloqueado e em estertor sem dar por isso, ou que dado o domínio da informação pelos donos do mesmo, em aparência não se nota : "Deixai-os! São cegos que guiam outros cegos. E quando um cego conduz outro cego cairão ambos no mesmo abismo" Evangelho de Mateus. Nós somos os que não os deixam, contra tudo e contra todos defendemos a vida, o Poder de Viver, como titulámos o 1º programa ecológico que apresentámos com Gonçalo Ribeiro Telles à cabeça.
Não o esquecemos.
para as agendas
e não deixarei de relembrar:
https://www.ccb.pt/evento/olhar-o-futuro-com-ribeiro-telles/2022-11-10/
aí estaremos, os amigos e os que não o usam com a hipocrisia dos tempos e a alienação da falsidade, nem a deturpação do seu pensamento, nem a adulteração da sua acção, nem a sonegação dos seus princípios.
É claro que estou consciente que não há cristalinidade na palavra, mas não a deixaremos fugir da linha que o mestre e amigo nos ensinou.
Vandalismo
a propósito do vandalismo e violência cívica actualmente em curso destruindo património e atentando contra a cultura e também danificando a nossa credibilidade com a inacreditável cobertura de alguns bonzos da nossa praça, e alguns do nosso apreço, escrevi e direccionei a um orgão de comunicação este texto:
http://signos.blogspot.com/search/label/Ecologia%20pol%C3%ADtica
é que temos que pensar e não entrar em demagogias descabeladas e mentiras torpes ou transigir no fundamental, ou chegaremos ao Brasil....da nossa dor.
Há coisas inacreditáveis no ar.
uma reflexão interessante
estive, no Ghana sob ameaça de uns sabujos da Cargill, com outros companheiros por termos denunciado as suas manobras, e pela primeira vez vejo menção dessa, neste artigo:
https://www.dn.pt/opiniao/os-donos-disto-tudo-15278280.html
Estimo as contribuições do António Araujo, salvo quando escorrega nas ideias (como no caso da guerra na Ucrânia e a inqualificável menção que fez sobre V.S.M), mas no melhor pano caí a nódoa.
in memorium
Pois poderão, alguns, perguntar-me a razão de aqui trazer este Homem. Obviamente que não era um ecologista, mas era uma grande figura e desenvolveu ao longo de uma longa vida, com as contradições que esta propicia, um pensamento e foi, sem sombra de dúvida uma referência da cultura e pensamento. Tive ocasião, lamentavelmente com brevidade, de privar com ele. Embora tivesse previsto como dizem "nuestros hermanos" dar-lhe cana, após o jantar fiquei rendido à categoria do Homem. Depois pediu-me para falar antes de mim que tinha que estar em Lisboa mas ainda ficou para assistir à minha intervenção que lhe sucedeu. Era vice-presidente da A.I. e também falei meia hora, sobre direitos humanos. Felicitou-me, com sinceridade, não tendo eu omitido alguns temas que o poderiam "contradizer", o aborto, a homosexualidade, as drogas, e outros, com as pinças devidas.
https://www.dn.pt/politica/adriano-moreira---um-seculo-portugues-na-vertigem-do-mundo-15139981.html
O lia com agrado, mesmo quando dele discordava. Aqui fica o meu sentimento e homenagem.
Radio Movimento
Aqui:
uma falha de electricidade em Lisboa interrompeu o programa aos 37 mn. Irei prosseguir hoje, 2ª.
isto é
a hegemonia a tomar conta da nossa vida:
https://www.dn.pt/opiniao/benjamin-constant-na-arrabida-15254811.html
mas temos que lutar contra estes senhores.
CYMANDE
um grande grupo musical obscurecido pela ditadura da hegemonia (tema de próximo artigo!, em que abordo o pensamento único e onde este se estrutura e as suas bases) recuperado num dos, foram este ano muitos, grandes documentários do Doc Lisboa.
http://signos.blogspot.com/search/label/CYMANDE
ouçam, é até às lágrimas!
in memorium
Recebo esta notícia que não posso deixar de deixar registada:
https://ici.radio-canada.ca/nouvelle/1923539/bruno-latour-deces-75-ans-france-philisophie-ecologie
Bruno Latour, autor que li vários livros, não era dos meus favoritos. Linguagem muito densa, muito cara e de filosofia espessa.
Sem prática que lhe desse conteúdo, não o tenho em destaque na biblioteca, mas merece esta menção.
Aqui para saber mais:
http://www.bruno-latour.fr/fr.html