sempre mais atrasos
por vezes vou perdendo o fio à meada. esta julgo que anuncia mais atrasos, mais, além dos que ontem ou anteontem já anunciei:
https://www.euronews.com/next/
mas é assim, uma industria a beira do abismo, que se atrasa todos os dias. É isto que continuam a tentar vender?
Esta maneira de descentralizar
Certeiro que nem uma flecha direita ao alvo o objectivo deste artigo,
https://daquidobarrocal.blogspot.com/
do me estimado amigo Fernando Pessoa. Tenho todavia que confessar que é longo e um pouco confuso nos entretantos.
Mas o diagnóstico é central e a seta vai direita ao alvo.
Atribuir à autarquias poderes de Estado numa área como o ambiente e o ordenamento do território (recordo que até os PDMs têm supervisão nacional, embora pouca é certo!) é colocar as raposas no galinheiro.
Renováveis e mentiras
Aqui mais uma de Manuel Collares Pereira, que obviamente partilhamos. A.E.
Energia e Democracia?
Um artigo recente de Jorge Costa Oliveira, DN, 14/12 (Transição energética, pensamento mágico e erosão da democracia), foi construído em torno da ideia , e cito, “ de acordo com Vaclav Smil, um dos mais reputados investigadores e autoridades em transições energéticas, as principais transições energéticas globais, da madeira para o carvão, depois para o petróleo e, subsequentemente, para o gás, demoraram cada uma 50-60 anos; pelo que não há razão para crer que uma mudança para as fontes de energia renováveis seja excepcionalmente rápida”
Esta ideia, não tem em conta vários aspectos muito importantes, pelo que não corresponde à realidade actual nem ao que se passará no futuro. Petróleo, carvão e, gás são fontes de energia fóssil , que têm por detrás toda uma logística complexa e pesada, da extracção, ao transporte e à distribuição. Daí que, efectivamente, as respectivas transições energéticas (se é que se pode falar nesses termos!?) tenham exigido tempo na escala referida.
Com as energias renováveis isso não se passa. Estão naturalmente distribuídas e disponíveis em todo o lado e “não são nada a mesma coisa”. Para estas sim, pode falar-se com mais propriedade em transição.Mas há mais e isso é que faz toda a diferença. Falamos hoje na descarbonização da economia e isso, sobretudo, através da sua electrificação, porque essa é a forma de trazer as energias renováveis mais depressa para o mix das fontes de energia e porque podemos, e devemos, permitir que a electricidade invada de forma crescente (para além dos seus outros usos finais) o sector dos transportes e a produção de calor e frio, nos edifícios e na indústria.
Ora as energia fósseis são encaradas em posição aparentemente muito importante, porque se tem de falar delas como energia primária, que tem de ser transformada em energia final (por exemplo electricidade, ou movimento, nos transportes): 3 unidades de energia fóssil para uma de electricidade ou 5 unidades para uma de movimento nos nossos veículos (o rendimento dos motores térmicos é da ordem de 20%; já agora, o dos eléctricos é de 95%) ). A produção de electricidade renovável não exige a visão da energia primária: o painel PV no meu telhado traz-me energia final, logo ali. Por cada unidade de energia eléctrica renovável que se usa, faz-se desaparecer uma enorme quantidade de energia primária. É nesse caminho que estamos. Vamos partilhar esse caminho ainda com o gás, durante algum tempo, mas também este irá desaparecendo, com a penetração de outros vectores, como o hidrogénio. Gráficos de Energia Primaria, como o artigo nos mostra, com as Renováveis à mistura (sem indagar como foram obtidos!?), fazem cada vez menos sentido. Em Portugal, 60% da nossa electricidade já é de origem renovável e, em cinco anos, teremos 80%. Isto é, tudo isto já está a acontecer, num regime democrático e sem magia! Claro, entretanto, a energia fóssil e primária, lá se vai defendendo como pode…
nem tudo o que
parece é, mas esta se se confirmar e se lhe derem algum, algum poder, pode ser uma boa notícia:
https://www.theguardian.com/world/2022/dec/18/brazil-indigenous-ministry-sonia-guajajara-activist
mas vamos esperar para ver, com Lula nada é definitivo.
um bom artigo
que me dá a sensação que nos vamos repetindo, repetindo. Como dizia Gramsci a repetição é o mecanismo de chegar lá.....
vamos, embora.
um pensamento fora da caixa
que não sendo dos nossos merece reflexão:
https://www.commondreams.org/v
sendo o tema de 1ª actualidade!
Cont....
Por cada unidade de energia eléctrica renovável que se usa, faz-se desaparecer uma enorme quantidade de energia primária. É nesse caminho que estamos. Vamos partilhar esse caminho ainda com o gás, durante algum tempo, mas também este irá desaparecendo, com a penetração de outros vectores, como o hidrogénio. Gráficos de Energia Primaria, como o artigo nos mostra, com as Renováveis à mistura (sem indagar como foram obtidos!?), fazem cada vez menos sentido. Em Portugal, 60% da nossa electricidade já é de origem renovável e, em cinco anos, teremos 80%. Isto é, tudo isto já está a acontecer, num regime democrático e sem magia! Claro, entretanto, a energia fóssil e primária, lá se vai defendendo como pode…
M.C.P.
uma manta pequena
ou simplesmente uma manta, energia que não funciona e que continuam a querer impingir:
não há quadro de bordo que resista.
nem 5 reis de mel coado
daria pelos resultados, totalmente financistas, até na linguagem desta COP!
reparem, até um jornal liberal como o Guardian, adopta o discurso dos mercados financeiros para falar da biodiversidade e da natureza.
Estamos perdidos nas palavras. Só faltam os números.
+ sobre a fusão
Fusão Nuclear e o recente resultado do LLNL (USA) (Ignition Fusion)
Há poucos dias, com muito entusiasmo, tivemos o anuncio de que se tinha alcançado (Fusion Ignition-LLNL) um resultado que iria , finalmente , trazer-nos energia electrica ilimitada, limpa e barata.
O resultado foi muito interessante do ponto de vista da Física, mas sem qualquer impacte visível na capacidade de produção da dita energia limpa e barata.
É verdade que se conseguiu, finalmente, um processo de fusão em que a energia aportada pelos lasers responsáveis pelo confinamento do plasma de átomos de isótopos de hidrogénio e sujeitos à sua fusão em átomos de hélio com libertação de energia, se verificou ter um balanço positivo, isto é houve mais energia no output do que no input. Os números referidos foram de 2MJ no input para 3 MJ no output, um ganho de um factor 1,5. Extraordinário, sim! Até agora esta relação tem sido inferior a 1. Mas esta não é a realidade toda. Ela omite a energia que foi necessária para fazer funcionar os lasers: pelo menos 300MJ. Isto é, o balanço total continua a ser muito inferior a 1, ou seja 0,1!!!
A notícia serviu apenas, a meu ver, para ajudar o Congresso Americano a dar um parecer favorável sobre os muitos milhões que são necessários para continuar a financiar o LLNL. Infelizmente a noticia correu o mundo e contribuiu para gerar falsas expectativas! Basicamente os nossos media são muito ignorantes e preguiçosos, e, às vezes, estão mesmo manipulados!
Se tudo correr bem, talvez daqui a 30 anos se possa dar uma notícia de verdadeiro “breakeven” com consequências praticas. Necessitamos de pelo menos um factor 3 para o “breakeven”, já que produzir electricidade por via térmica tem um rendimento baixo, tipicamente da ordem de 0.3 a 0.4. Mas esse “breakeven” não chega, necessitamos de o multiplicar pelo menos por um factor 10, para poder dizer que temos uma energia limpa, já que a electricidade que estará na base do processo, se tiver uma origem fóssil , tem de estar presente em quantidades muito diminutas.
Depois, claro, há que saber se conseguiremos fazer tudo isto a baixo custo, o que está verdadeiramente por demonstrar. Entretanto temos, felizmente, as Energias Renováveis, limpas, de baixo custo, e presentes em todo o lado, no mundo habitado de hoje. Uma enorme diferença!
Manuel Collares Pereira