Opinião da Campo Aberto I
#My Planet
By the Navigator Company
n.º 8 – julho de 2021
Esta revista, que tira 13300 exemplares gratuitos (o que não está ao alcance de nenhuma pequena, ou mesmo grande, associação ecoambiental em Portugal), publicada pela ex-Portucel, por muitos criticada como corresponsável pelo desastre ambiental em que se tornou o território português no último meio século, é uma sofisticada operação de Relações Públicas (novo nome para a velha propaganda, modernizada) que deixa a léguas de distância a vulgar «lavagem verde» (greenwashing). E porquê?
Porque a «lavagem verde» é demasiado evidentemente falsa, desde as mais grosseiras às já um pouco requintadas, mas que não chegam a compreender que, para que a mentira ou a falsidade «peguem», têm que estar envolvidas numa razoável dose de verdade ou, mais exatamente, de verosimilhança.
Isso, My Planet fá-lo com arte e subtileza, bem ajudada pelo formato álbum das suas 72 páginas de papel de excelente qualidade e belíssima impressão a verde e imagens multicoloridas, tratadas por paginadores, grafistas, ilustradores e redatores profissionalíssimos (e certamente bem pagos, aí está, algo em que as associações sem fins lucrativos ficam também irremediavelmente para trás). Mas a principal «ferramenta» é a parte de verdade que envolve o núcleo de falsidade, sendo que este até parece pouco presente, cedendo «generosamente» grande parte do espaço à tal indispensável dose de «verdade» para que a operação resulte a contento.
Vejamos neste número. Logo na capa, lemos: «Está nas nossas mãos: Travar as alterações climáticas passa por mudar hábitos e atitudes, apostando na regeneração dos ecossistemas e em soluções naturais de consumo. Se agirmos já, ainda vamos a tempo.» Ou ainda: «Amazónia em perigo: A desflorestação da Amazónia é uma preocupação mundial... a maior floresta tropical do mundo e o habitat com maior diversidade... carne bovina, um dos principais motivos de desmatação amazónica.»
E no artigo «A década dos ecossistemas»: «Recuperar os ecossistemas degradados é imprescindível para a luta contra as alterações climáticas e a perda da biodiversidade.» A polinização, um tema absolutamente crucial de que a imprensa generalista pouco fala, tem aqui honras de um artigo de três páginas, visualmente muito atraentes.
Será uma vergonha
e penso que pode ser o começo do fim da U.E., se isto for para a frente, tal a enormidade e infracção do espírito dos Tratados:
é certo que se fala disto há muito tempo, mas é agora no estrebucho das nucleares que tentam dar-lhe um sopro.
Os riscos, mesmo o acima referido, são enormes.
Brincando aos cowboys
mais uma brincadeira, custos proibitivos, eficácia muito, muito reduzida e vamos lá a continuar a festa....
não há, não há mesmo tecnologias eficientes para reduzir o CO2, e isto é mais propaganda para continuar tudo na mesma, pior.
e se
e se outro dos sistemas falhasse, e se houvesse um erro, e se....
esta não é assim tão longe.....
Monbiot no seu melhor
que é quase sempre, contando que me escreva sobre a nuclear, que aí é de fugir.....
mas no resto é duro e directo. E seguro. E económico. E sustentável.
beba com moderação
embora este whisky das ilhas nunca me tenha dado problemas....
e agora até sabemos da sua responsabilidade social.
extinção iminente
e não chega ficar no sofá a bebericar um das ilhas....
isto é dramático.... sem baunilha e abacate que gosto terá a vida?
não baixamos a guarda
o Stefano é depois do meu tempo, o dos pioneiros que acabaram com os planos nucleares em Itália, mas é preciso manter a vigilância e aqui:
uma excelente toma de posição!
Causa e efeito
é a dialéctica, mon ami/e!
que também não se pode considerar lei de bronze!