Insectos e outras coisas boas
Este envio, notícia antiga, da Nicole lembrou-me a minha contagem de borboletas, num dia em que as caixas de correio voltaram a ser entupidas com mais uma, mais uma petição sobre as abelhas.
Começo a ter as maiores dúvidas sobre estas a não ser para nos chiparem....
só raramente, aliás quase nunca petições, não que não difunda os temas. Mas tenho que dizer que é mais útil salvar uma abelha que me caiu no café que assinar uma destas.
Rewilding Iberia
Talvez já aqui tenha mencionado, mas agora com o tijolo (400 páginas de letra miudinha! que tive que ler sem óculos) lido todo, venho recomendar com mais veemência!
Vale o peso, é é pesado!
http://signos.blogspot.com/search/label/IBERIA
seguem-se outras leituras, agora que o tempo termal acabou (artroses e recuperação pulmonar, além do espírito! e do cansaço) e com tudo mais equilibrado e menos uns quilos, não de bagagem....
E aqui um artigo que reflecte algumas das discussões do livro mencionado:
Borboletas
Em 12 dias de termas fiz cerca de 100 Kms de caminhadas, nestas e noutros momentos deu-me para ir contando as borboletas. Contei 27, escassas, escassissimas para uma área em relativo bom estado atmosférico.
lembro-me de no centro de Lisboa numa tarde ver mais, no inicio dos 60.
Tubarões
pois, também já escrevi sobre eles, mas tenho que reconhecer que António Araújo tem aqui um texto de alto nível!
https://www.dn.pt/opiniao/infinitamente-grande-infinitamente-pequeno-14153916.html
o livro # El Libro del Mar# já está encomendado!
Controle de fogos
que se poderá, ou não, utilizar noutros locais:
https://amazonia.org.br/conhecimento-indigena-inova-estrategia-de-combate-a-incendios/
a seguir com interesse.
Línguas, cultura e natureza
a conservação das línguas indígenas é, só pode ser a conservação da oralidade dessas. Por cá uns especialistas, pagos pelas universidades ou ao serviço de alguns poderes tem procurado seguir outro caminho, que conduz inevitavelmente ao declínio e desaparecimento dessas estruturas de oralidade que expressam tempos, tradições e culturas, dessas falas e estruturas dialectais, mas há quem ganhe com isso, mais gramáticas, inventadas, mais vocábulos inacessíveis, mais escritas sem sentido, sobretudo para os que os usam e deles fazem oralidade e vida.
Já escrevi e tive grandes conversas com especialistas que cada caso é um caso, o mirandês remonta à tradição galaico-asturo-leonesa e tem um romance por detrás e portanto foi e muito bem grafada, aliás já o estava. Outros casos, se bem que possam ter utilidade onomatopaica são infelizes, como por exemplo o acordês que é, na maior parte dos casos, mau brasileiro.
Infelizmente como em tudo a lógica do ganhócio domina.
Aqui todos perdemos:
um disparate do tamanho de um mamute
fiquei apavorado, não por me ver num parque jurássico, nem sequer, mas também, por ver onde se desperdiçam milhões, muitos milhões, ou por um jornal sério dar algum crédito a uma ideia sem pés nem cabeça:
https://www.theguardian.com/science/2021/sep/13/firm-bring-back-woolly-mammoth-from-extinction
mas por este projecto, de uma empresa que desconheço, ser ao arrepio de toda a estratégia de rewilding e por abrir uma caixa de pandora de consequências imprevisíveis.
A pior notícia de aniversário.
outro erro, dramático
em nome de uma putativa, mas falsa, protecção da biodiversidade expulsar as populações, primitivas, indigenas ou há muito ocupantes e convivendo nesses territórios, expulsá-las de manu-militare, para , para destruir esses espaços por lógicas absurdas....
infelizmente é essa a campanha de organizações conceituadas de reis e rainhas....
Amazónia
Uma canção que é uma alegria, que é uma tristeza:
vamos ouvi-la.
Rewilding
Nas próximas semanas estarei num balneário ou termas com esta leitura, além de outras 2 ou 3:
https://www.lynxeds.com/product/rewilding-iberia/
é uma das poucas coisas que penso está na nossa dimensão fazer (ouço que o ministro vai criar lontras e teixos,,,,) mas tem que ter uma perspectiva, que falta ao dito.
Em Portugal temos o notável exemplo da Faia Brava e o nóvel trabalho da Montis, além das actividades da AEPGA e do seu entorno, com ideias.
Aqui, tenho algumas dúvidas, na linha do Monbiot, mas.... é como com o lince, pode dar.....: