Renováveis e mentiras
Aqui mais uma de Manuel Collares Pereira, que obviamente partilhamos. A.E.
Energia e Democracia?
Um artigo recente de Jorge Costa Oliveira, DN, 14/12 (Transição energética, pensamento mágico e erosão da democracia), foi construído em torno da ideia , e cito, “ de acordo com Vaclav Smil, um dos mais reputados investigadores e autoridades em transições energéticas, as principais transições energéticas globais, da madeira para o carvão, depois para o petróleo e, subsequentemente, para o gás, demoraram cada uma 50-60 anos; pelo que não há razão para crer que uma mudança para as fontes de energia renováveis seja excepcionalmente rápida”
Esta ideia, não tem em conta vários aspectos muito importantes, pelo que não corresponde à realidade actual nem ao que se passará no futuro. Petróleo, carvão e, gás são fontes de energia fóssil , que têm por detrás toda uma logística complexa e pesada, da extracção, ao transporte e à distribuição. Daí que, efectivamente, as respectivas transições energéticas (se é que se pode falar nesses termos!?) tenham exigido tempo na escala referida.
Com as energias renováveis isso não se passa. Estão naturalmente distribuídas e disponíveis em todo o lado e “não são nada a mesma coisa”. Para estas sim, pode falar-se com mais propriedade em transição.Mas há mais e isso é que faz toda a diferença. Falamos hoje na descarbonização da economia e isso, sobretudo, através da sua electrificação, porque essa é a forma de trazer as energias renováveis mais depressa para o mix das fontes de energia e porque podemos, e devemos, permitir que a electricidade invada de forma crescente (para além dos seus outros usos finais) o sector dos transportes e a produção de calor e frio, nos edifícios e na indústria.
Ora as energia fósseis são encaradas em posição aparentemente muito importante, porque se tem de falar delas como energia primária, que tem de ser transformada em energia final (por exemplo electricidade, ou movimento, nos transportes): 3 unidades de energia fóssil para uma de electricidade ou 5 unidades para uma de movimento nos nossos veículos (o rendimento dos motores térmicos é da ordem de 20%; já agora, o dos eléctricos é de 95%) ). A produção de electricidade renovável não exige a visão da energia primária: o painel PV no meu telhado traz-me energia final, logo ali. Por cada unidade de energia eléctrica renovável que se usa, faz-se desaparecer uma enorme quantidade de energia primária. É nesse caminho que estamos. Vamos partilhar esse caminho ainda com o gás, durante algum tempo, mas também este irá desaparecendo, com a penetração de outros vectores, como o hidrogénio. Gráficos de Energia Primaria, como o artigo nos mostra, com as Renováveis à mistura (sem indagar como foram obtidos!?), fazem cada vez menos sentido. Em Portugal, 60% da nossa electricidade já é de origem renovável e, em cinco anos, teremos 80%. Isto é, tudo isto já está a acontecer, num regime democrático e sem magia! Claro, entretanto, a energia fóssil e primária, lá se vai defendendo como pode…
Pensamento
É preciso o ter para não andar a degradar património cultural:
https://www.resurgence.org/magazine/article6040-the-great-turning.html
e agir em linha.
Escravatura ganha ao futebol!
um nojo que se continuem a ver e a jogar sem qualquer consideração ou arrependimento:
https://www.freedomunited.org/news/widespread-worker-abuse-qatar/
um nojo que mostra o grau de consciência.
Seba
ora aproxima-se a época das inutilidades e frivolidades. Para contrariar o espírito do tempo nada como leituras ou prazeres com imagens, esta aconselho sem hesitação e acompanhem com o último Brian Eno:
http://signos.blogspot.com/search/label/Seba
António Costa Silva
Estive duas ou três vezes com ele em conferências. Já o referi o considero um dos nossos melhores especialistas na área da energia e sobretudo no sector dos petróleos. Já o indiquei para uma conferência sobre o tema, a que por razões que imagino recusou ir, sem que com tal o tivesse em menos conta. Não partilho as suas posições políticas e já me manifestei contra algumas das suas posições.
Mas afirmar que o governo, seja pela sua presença, é negacionista climático (num texto incrivelmente subscrito por alguns professores) mostra o delírio desta malta
Julgo importante aqui publicar esta opinião por me indispôr a perseguição ad hominen que bandos de jovens, na maior parte dos casos com pouca reflexão, desencadearam contra ele. E não, não é o passado que deve determinar o presente.
Demissão sim mas para a inacreditável Ministra da Agricultura, que não sabe nada, não tem política séria, e ela sim é contra a luta eficaz contra as alterações climáticas. Mais barragens, mais regadio, € para os senhoritos, e nada, nada para a agroecologia e agricultura biológica.
Em vez de se irem amarrar às gasolineiras ou problematizarem uma alternativa ao discurso hegemónico dominante,
rebentar obras de arte, colar as mãos ao chão, ou sabe-se lá que outro disparate irão inventar não ajuda nada, nada a criar movimento e alternativa. Só faz mal, só prejudica o movimento e a luta contra as alterações climáticas e a credibilidade desta.
Irei, novamente, dar conta desta no próximo programa de Radio.
contra o crescimento
Serra de Passos
nem pensem os promotores, nem pensem que lhes vamos largar o osso.
A serra de Passos, ora em vias de classificação pela Unesco, é um território único no mundo pela valia arqueológica e socio-cultural, e é lamentável e mostra o estado dos Estudos de Impacte Ambiental que este lhe tenha passado ao lado. E ainda pior que o Sr. Lacasta nem se tenha dado ao trabalho de verificar se a DIA caducada devia ser prolongada sem mais, ignorando dados que vieram a lume entretanto e tornando a autorização dessa um documento que deve ir para tribunal. Aliás do Sr. Lacasta já sabemos o que esperamos.
E não não vamos largar, que somos das eólicas mas das eólicas que respeitam o ambiente e a cultura (ver o anexo, que é muito importante e alguém devia enviá-lo ao IPAMB, que na maior parte dos casos vive na superfície do tempo sem agitar nada).
Uma empresa de vão de escada, uma presidente de câmara (e recordo GRT que referiu que estes/as eram, normalmente, e todos,.... corruptos, claro que há uma mão cheia que não o é!) e não vou dizer o que me têm dito da sra de Mirandela, que qualquer dia, houvera uma justiça justa....( lembram-se daquele que comprou um terreno que não havia e pagou para construir uma coisa que nunca existirá?)
Já estamos no limite da nossa calma. E não, não não vamos largar o osso.
Mitos e realidade
pois o temos dito, NÃO HÁ HIDROGÉNEO nenhum, mas devia, estamos 20 anos atrasados!
e agora entretemo-nos com dutos para nada e coisa nenhuma.