Vilarinho da Furna, Resistência
um livro adorável faz-me voltar a Vilarinho da Furna, e remete-me para a Resistência:
http://signos.blogspot.com/search/label/Vilarinho%20da%20Furna
a André é um dos nossos!
E aqui, para quem quiser conhecer a história:
https://afurna.pt/blog-vilarinho/
de uma tragédia da, na ditadura.
A não violência resposta à guerra!
A não violência resposta política e social à guerra, às guerras.
Não há guerras justas!
A não violência carece ser explicada e urge ser compreendida, como recurso que se articula em torno da palavra e dos nossos corpos e que é intransigente na defesa do direito e da autonomia e das liberdades públicas.
Os resistentes à guerra, também portugueses tem muita história, que se articula também com a resistência à guerra colonial, que passa pelas lutas contra o SMO e claro antes pela objecção de consciência. Que passa pela oposição à cultura de guerra que entre nós sempre foi patrocinada por quem só se opunha às armas de um dos lados e que hoje continua a procurar álibis para tomar o partido errado, o da continuação da guerra e que nos tinha atravessados*.
A nossa resistência à guerra sempre foi articulada com conceitos de defesa da vida e do ambiente, com lógicas de conservação da natureza e recursos, que são destruídos pelas máquinas militares e as indústrias que lhe estão por traz, em qualquer das suas formas. Recordemos que os piores pesticidas, os mais tenebrosos químicos foram testados em guerras e de igual forma a nuclear civil é um fruto, contaminado da nuclear militar, hoje infelizmente disseminada por todo o mundo que sofre as consequências das emissões radioactivas.
Infelizmente os média, na sua lógica de venda de um produto, e pensando que a opinião publicada ou difundida é a que interessa ao público, que numa lógica de pescadinha de rabo na boca segue essa lógica e a continua, não encontra espaço para discursos alternativos que geram humanidade.
Continuamos a desenvolver informação do mais, mais armas, mais combates, mais mortes, mais carnificinas, mais feridos, mais armas. Um ciclo vicioso que tem que ser rompido com novos recursos, a não violência é o caminho para acabar com a guerra, a não violência e a resistência civil nesse âmbito é fundamental para alterar os paradigmas dominantes. Se começarmos a falar disso, de exemplos históricos, mas também de tantos, tantos outros de actualidade, que todos os dias estão a ocorrer.
Na Rússia, na Ucrânia, em todo o mundo somos muitos, que de formas diversas dizemos não à guerra e propomos outra coisa. E iremos romper o silêncio.
* Os resistentes à guerra também têm sido os principais resistentes ao discurso do contra “esta” guerra, em nome de outra coisa, patrocinado por um dos lados da mesma.
Ecologia política
Um livro de referência de um eco-budista!
http://signos.blogspot.com/search/label/Ecologia%20pol%C3%ADtica
recomendo.
Será a ciência suficiente?
pois fiquei com a mesma resposta, é um livro que eu dispensaria, não me acrescentou nada ao Climate Change de Naomi Klein, que esse sim é fantástico.
Este: https://www.penguinrandomhouse.com/books/692644/is-science-enough-by-aviva-chomsky/
comprei-o, e não digo que não seja útil e até com uma ou duas novidades, com a ilusão do pai da autora.
E tem dele a mesma meticulosidade (27 páginas de notas! é obra)
Não violência
um texto vindo do catolicismo que tem muitas interfaces com a não violência que defendo:
https://setemargens.com/resistencia-nao-violenta-em-tempos-de-guerra/
e que partilho.
Resistimos à guerra
1-Hoje um velho camarada enviou-me um texto de um general russo disfarçado com um nome português, um desses que fala nas televisões sobre o massacre de Bucha. Fez-me lembrar este de Katyn: https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Katyn
Que Stalin atribuía aos nazis.... para bom entendedor.
Estamos mergulhados em mentira, informação falsa e contra informação, mas a realidade vem sempre ao de cima.
2- Temos dito repetidas vezes que falta uma, uma voz não violenta que defenda a resistência civil desarmada e uma oposição intransigente à guerra e violação dos direitos, todos. Em linha com o textos dos WRIs que divulgamos e com o que eu próprio aqui coloquei.
3- E é inacreditável, e nem me falem de contraditório que os jornalistas da guerra ou os editores que os têm em mão não sabem o que é, pensam que é dar voz aos generais russos ou aos espiões, é inacreditável que a resistência à guerra não tenha voz.
4- E vamos assistindo ao lavrar das consciências pela Arte da Guerra. Ontem num jornal que na 1ª série deu algumas ajudas importantes a causas ambientais, eu e G.R.T. tínhamos aí regularmente voz, e que agora se converteu ao correioda”manhismo” titula (encomenda de quem?) que o S.M.O. estaria de regresso (e os 2% para as brincadeiras bélicas que ninguém contesta, também....). Pois é altamente improvável, lendo o próprio artigo se vê o ridículo do título, embora esse faça o mesmo serviço que os arautos da nuclear fazem por outro lado. Mantêm viva uma mística das armas redentoras.
Nós resistentes à guerra e objectores de consciência continuamos a lutar contra as guerras, sem essa nossa luta os procedimentos sociais vigentes (e o S.M.O. é um deles) conduziriam à catástrofe e a sociedade afundar-se-ia. A guerra é a negação do direito. De todo ele. Continuamos a esgravatar, como fungos....
Chocalho
Conheci o Domingos Lopes numa conferência de Álvaro Cunhal, a secretariá-lo. O tópico era a defesa da Revolução Técnica e Cientifica, também conhecida por sistema soviético. Nessa foram defendidos todos os disparates hoje conhecidos, a nuclear, o Alqueva, a agricultura intensiva, o aumento de todas as produções e o bem absoluto da ciência. Recordo que Cunhal saíu pela esquerda baixa e o Domingos Lopes ficou a ser trucidado. Estive com ele, já em franca mudança (depois de o ter confrontado em reuniões do Comité Soviético pela Paz CPPC) na comissão Russel pela Palestina, que sabiamente afundámos antes que se convertesse noutro nado morto dos tais. Ele entretanto tem continuado a evoluir ou eu estou a ficar velho:
Tubarões
estes são dos bonzinhos.....
https://www.actes-sud.fr/catalogue/nature-et-environnement/au-nom-des-requins
mesmo que nos façam "medo"....
Geo-política
Um artigo de grande qualidade, do nosso "general" Chema, especialista de geo-política, ao contrário de tantos que abundam por todo o lado! e com melhor posto que esses ditos de pacotilha.
https://www.extremadura7dias.com/reportaje/opinion-que-guerras-y-odios
que recebo no dia em que cerca de 20 activistas da não-violência portuguesa se reúnem. Vamos ver o que dará, ou darou.....
Condition de l'homme moderne
tenho estado nos últimos meses (com 7 ou 8 outros livros pelo meio) a ler esse em título de Hannah Arendt, que é denso e até algo dificil.
https://la-philosophie.com/arendt-condition-de-l-homme-moderne
Muito suculento e percursor do eco-qualquer coisa.
A propósito da actual guerra e invasão da Ucrânia um pensamento de Gunther Anders (então seu marido) é exemplar.
Sobre a experiência, as falsas experiências com as bombas nucleares. Não as há boas ou más, aliás não as há. Porque experiências como ele refere implicam cofinamento laboratorial.
O laboratório destas foi a Terra. Ora.....