Palavras a mais
O perigo das palavras...
Resiliência, no actual enquadramento não é mais que a ideologia da adaptação e tecnologia do consentimento a uma realidade que nos ultrapassa, e para a qual a resiliência é uma das numerosas imposturas solucionistas, para voltarmos a mais do mesmo.
Sustentabilidade energética é outro dos embustes, para nos enfiarem os seus truques e discursos, de crescimento. Temos que lhe opôr a sobriedade energética, e nada mais.
Deparamo-nos com um problema crucial para a ecologia política em Portugal. Falta de estratégia, falta de método, lógicas de protagonismos balofos e semeadura de ilusões. E vivemos sepultados em palavras ocas.
Os problemas estão identificados, mas continuamos a correr atrás da vertigem noticiosa, que só está interessada em fogachos e títulos, que vive a chafurdar num pântano de mentiras e de falsidades e só dá atenção ao que pensa, quando pensa ser o politicamente certo, ou o do interesse público que são os próprios média que constróiem e manipulam.
O discurso científico tem que ser sobreposto por um enquadramento político e a realidade tem que ser direccionada em relação a efectividades práticas e funcionais.
Cada vez mais nos sentimos cercados, por discursos e discursos etéreos e sem um mínimo de praticidade.
Pensar e agir é cada vez mais difícil e romper o bloqueio requer muita argúcia e envolvimento.
E depois....
Sobriedade
Já li algumas notas sobre este e vejam o pequeno filme da jovem autora que é simples e claro e directo!
http://www.virage-energie.org/
outro encomendado numa livraria de gosto.
Jazz
Inventam dias para tudo. O Jazz não precisava que é de todos, os dias. Aqui excelentes acordes... e ligação para outros:
https://www.youtube.com/watch?v=gfLVVHxk4IM
talvez a depressão e a nostalgia articuladas em desalinho.....choquem aqui.
Unicórnios....
e outros animais, mitológicos ou não....
sereias, bestas abissais....
por um novo negócio verde
A tradução não é entusiasmante Green New Deal, é claro que me podem dizer dos múltiplos significados da palavra deal de negócio a acordo, mas....
não sei porque vamos sempre buscar palavras erradas.....o que temos é que mudar o chip, o paradigma e toda, toda a lógica do poder.
Vária
1-Aqui, em breve: https://m.youtube.com/watch?v=
onde vai a nunca explicada luta de classes....
Ardendo
No Global Just Recovery Gathering a que assisti, em muitas partes vi pensamentos tontos*, poucos é certo e muita juventude e qualidade de vontade.
Retive entre outras a informação deste livro:
https://www.rosalux.eu/en/article/1588.burning-earth-changing-europe.html
que embora venha de um grupo anti-europeu e com passado pouco "conveniente" merece leitura. A partir do sítio podem fazer o download
* tive que entrar quando um fulano apareceu defender as mini-nucleares para lutar contra o aquecimento global! Depois de 2 ou 3 explicações desapareceu.
Sá da Costa e M.S.T.
Não posso trazer aqui os notáveis artigos de opinião de António Sá da Costa, sobre Avaliação Ambiental Estratégica, e as trocatintices do actual governo e o embuste a que mais uma vez nos conduzem sobre o aeroporto.
No Expresso de sexta. Nesse igualmente o de Miguel Sousa Tavares, que me recordo os melhores tempos, assim com quando leio este os pais Francisco e Sophia, pela veemência e acutilância, que aliás já tive ocasião de lhe referir pessoalmente.
Nem sempre estamos de acordo, não compreendo a posição dele sobre o aeroporto do Montijo, ou sobre outros casos sociais, mas este é um artigo de alto calibre! E não posso deixar de lhe agradecer a atenção que lhe mereceu a nossa carta aberta.
E sou ao fim do dia de 6ª do chumbo pela A.P.A. (para dar prova de vida?) do projecto de urbanização do Mouchão, tema central da nossa Carta Aberta!
+ livros
As bibliotecas são fontes de conhecimento e vida:
https://elpais.com/planeta-futuro/2021-03-10/aquellas-caravanas-del-desierto-prestaban-libros.html#
esta é uma história notável.
Livrarias, sem postigo
Hoje, fui à simpática Livraria Francesa, lá gastei um pouco do cartanito.
Qualquer dos livros que comprei há de merecer aqui referência, não tão longe vão os tempos em que fazia crítica de livros em diversos jornais...
Só para deixar o registo, enquanto não perco um pouco mais de juízo (um molar pró galheiro!)...