problemas, fissuras atrasos e mais problemas
e,
não param, os problemas.
Ucrânia, opinião informada 1
De António Mota Redol:
Recordar-se-ão que assegurei, com base em informação de um militar de artilharia que participou em acções da Nato em vários pontos do mundo, que os combates nas cercanias da central com forças de infantaria e com tanques, não poderiam provocar danos, que seriam muito gravosos, com resultados tipo Chernobyl ou Fukushima.
Danos que não poderiam ocorrer na parte mais sensível dos reactores nucleares, protegidos por contentores de betão muito espessos e por uma cuba de aço também bastante espessa. Apenas misseis muito potentes e perfurantes, que não são utilizados nos combates de rua, poderiam provocar um acidente nuclear grave.
Só uma acção intencional poderia levar aos desastres anunciados pelos ditos "comentadores", que não sabem do que falam. Todavia, de forma mais simples, bastaria alguém na sala de comando cortar o arrefecimento do núcleo de um reactor para provocar um novo Chernobyl ou Fukushima.
Em Setembro, dei notícia da missão da Agência Internacional de Energia Atómica, cujo Relatório revelava não ter encontrado qualquer dano nas partes sensíveis dos reactores, mas apenas em edifícios administrativos e num edifício que albergava resíduos radioactivos, embora sem atingir a sua parte mais sensível e protegida. Este Relatório, embora escondendo que os bombardeamentos que estavam a atingir a central eram de origem ucraniana - como revelaram fontes estadounidenses e tendo-se sabido posteriormente que uma delegação de habitantes da zona entregou ao Director da AIEA um abaixo-assinado com cerca de 20.000 assinaturas em que se apelava à AIEA para que pressionasse o Governo ucraniano no sentido de cessarem os bombardeamentos com mísseis à central.
Após esta missão da AIEA, e, apesar de se esconder quem estava a bombardear a central e o encontro com a tal delegação, os "comentadores" calaram-se. O Relatório contrariava as suas mentiras, que também eram propaladas pelo governo ucraniano.
Relatórios posteriores da AIEA revelam que os bombardeamentos pelas forças ucranianas continuaram. Todavia, esses bombardeamentos atingem, apenas, as linhas de alta tensão que saem da central, com o objectivo de cortar a energia eléctrica à zona dominada pela Rússia tal como a Rússia, ao bombardear as linhas que saem das outras centrais eléctricas ucranianas, nucleares e não só, tem como objectivo cortar o fornecimento às zonas que o Governo ucraniano controla.
Ucrânia, opinião informada 2
A AIEA, no Relatório referido, recomendava que se criasse uma zona de exclusão em torno da central de Zaporijia - que as forças ucranianas tentaram várias vezes recuperar sem êxito, até nas vésperas da visita da missão, o que foi interpretado por alguns como sendo uma tentativa dos ucranianos para impedir a visita, pois sabiam que ela acabaria por não confirmar as suas mentiras.
Nas informações recentes daquela Agência relatam-se os acontecimentos diários, entre os quais os bombardeamentos das linhas que saem das várias centrais e nucleares e insiste-se na criação da zona de exclusão em Zaporijia, o que implicaria que as forças russas abandonassem a central, situação que seria favorável ao governo ucraniano e que aquelas forças não quererão empreender.
Lembremo-nos que o Director-Geral da AIEA é um diplomata de carreira argentino e não um técnico como era habitual naquela entidade. Por isso, apesar de os Relatórios serem elaborados pelos técnicos, têm sempre o toque final do político, que não pode fugir à orientação ocidental predominante.
É importante referir que apesar de tanto russos como ucranianos bombardearem as linhas de alta tensão que saem da central, os mísseis em questão não deverão conseguir destruir o contentor. Só um erro no lançamento de um míssil poderoso e perfurante dirigido a outro objectivo pode fazer que seja atingido e destruído o contentor do reactor e talvez a cuba. Nesse caso, o resultado já seria grave, provavelmente com disseminação de produtos radioactivos nas cercanias. Mas não um desastre tipo Chernobyl ou Fukushima.
Como tem sido dito e já escrevi, o corte das linhas implica não haver alimentação da central com energia elétrica para fazer funcionar o circuito de arrefecimento do núcleo. Mas, nesse caso, entram em serviço os geradores a gasóleo. Em Fukushima, não funcionaram porque foram postos fora de serviço pelo maremoto. O mesmo que se disse para o reactor pode ser escrito, em parte, para o edifício de armazenamento dos produtos radioactivos resultantes da reacção de fissão no núcleo e retirados de ano a ano. Mas aqui não há o problema do arrefecimento. Um acidente terá sempre um efeito mais restrito que os grandes desastres referidos.
De qualquer forma, continuo a dizer que todo o ciclo do urânio, desde a mineração até à utilização nas centrais, é altamente perigoso e de evitar.
ainda sobre os carros e.
que tem que ser enquadrados numa lógica global ou vão aumentar o prejuízo ambiental:
https://www.commondreams.org/news/electric-vehicles-lithium-mining
e segue....
ainda sobre tecnologia
não há tecnologia em abstracto, como defende o ministro da Economia nacional:
https://www.commondreams.org/luddites-and-modern-technology
há diversas tecnologias que devem ser estruturadas pela humanidade e nem todas são positivas, nem todas vão no sentido da alma. Claro que quando não se tem alma tudo é tecnologia, tecnologia, tecnologia. Mas e a sociedade? e a empatia em que se baseou? e o tempo? e o silêncio?
com outros olhos
e com outra mão:
talvez assim....
e agora?
que fazer com ele?
que será, será....
e que tal se
podessemos passar isto nas nossas televisões propriedade ou vendidas ao nuclear?
https://www.youtube.com/watch?v=4DnoKEyOZeE
ou algo parecido, agora que resultante dos problemas (fissuras) da central nuclear de Civaux há um seguimento de todos os trabalhadores?
E sem contar com isto:
ainda querem minerar?
etiquetagem
e se juntarmos a isto ditas associações de consumidores compradas por empresas agro-alimentares, como conhecemos bem, estamos no caos:
cada vez mais temos que desconfiar de tudo.
fachadismo
nada disto tem a ver com o que se deve fazer, é pura hipocrisia para lavar a cara de gente cujo cheiro é de morrer:
graças a algum activismo vai sendo denunciado, mas não chega, devia ser proiibido.