Jorge Paiva
É um dos nossos que na passagem dos seus 90 anos não podíamos deixar de saudar e homenagear.
O Jorge que conheço e estimo desde os anos 80, com quem partilhei muitas lutas e claro sintonia com ideias é um dos maiores da nossa gente.
Temos muitas estórias, mas hoje um forte abraço e uma entrevista que partilho inteiramente. Uma denúncia radical da hipocrisia e da mentira dos nossos políticos, e nas entrelinhas também dos falsos ecologistas que abundam, mas que sabemos onde vão acabar.
https://sinalaberto.pt/jorge-paiva-nao-ha-educacao-ambiental-em-portugal/
parabéns amigo Jorge, para ti desde este espaço um forte abraço amigo, e votos de continuação da vida e do espírito.
Obrigado,
Aos vários que nos endereçarem parabéns, cumpridos dia17. Bolos, espero que sem açúcar, estórias, e esquisitices, como dizem os castelhanos. Obrigado a todos.
E para assinalar este aniversário hoje temos este número, especial.
E já conclui a 3ª revisão e acrescentos claro de livro referido.
uma estória da Greenpeace
mas esta é justa.
5 anos em cheio!
passam no dia 17 que demos início ao envio de notícias que o nascimento do Observatório Ibérico de Energia é de data incerta, mas muitoooooo anterior e bebe de muitas aventuras, leituras e lutas.
Estamos num momento crítico, da humanidade e este não se mede em segundos, embora como dizia Nietzche, citado de memóiria "num momento é isto e noutro hop", mas em segundos isto tudo se pode dissolver, talvez no ar, como dizem os marxistas.
5 anos é já uma vida, depende do que falemos. Hoje o assinalamos.
Isto mesmo!
O movimento ecológico universal pôs na agenda mundial a necessidade de substituir as energias baseadas em recursos esgotáveis por energias ditas renováveis. E fez muito bem.
Daí a pensar que está o assunto resolvido... não está.
É que ser renovável não quer dizer que seja: apropriado, adequado, dimensionado, pequeno mas belo, ecologicamente integrado sem danos graves, sem perigos graves previsíveis, respeitando as condicionantes ecossistemáticas, os seres vivos afetados, a começar mas não a acabar nos seres humanos, a paisagem como valor produtivo mas também estético, e outras razoabilidades.
Mas se abstrairmos disso, como alguns de nós somos tentados a fazer, então venha o lítio (felizmente alguns perceberam a tempo a enormidade para Portugal da agressão que se programou a respeito dele), venha o abate de sobreiros para eólicas, venha a razia do solo para parques solares grandiosos ou menos grandiosos. Alguns até vão ao ponto de dizer: venha o nuclear (que nada tem de renovável).
As grandes barragens mundiais (as Três Gargantas mas muitas outras no Brasil, na Índia e muitas outras) já deram provas evidentes que na construção foram grandes agressões ao ambiente e muitas vezes às pessoas e aos povos. Ninguém hoje que tenha um mínimo de consciência ecológica coerente pode defender novas barragens desse tipo.
Mas Vilarinho das Furnas em Portugal, sem ser dessa escala, é um exemplo que foi criticado e denunciado salvo erro por Orlando Ribeiro e certamente pela escola etnográfica portuguesa (talvez Jorge Dias e outros).
Menos faladas embora claras para alguns são as consequências negativas de barragens em funcionamento. Este caso de hoje, chuva no deserto?, mostra que as consequências para os seres humanos podem ser de grande tragédia (no Público):
Inundações na Líbia: “Há corpos por todo o lado: no mar, nos vales e debaixo dos edifícios”
Soluções absolutas não há. No entanto, as pessoas normais como nós têm dificuldade em compreender onde estão as soluções que, não sendo absolutas, pelo menos menorizem a devastação. Parece necessário, contudo, ir além dos qualificativos de energias "renováveis", "descarbonizadas", "limpas", "verdes" e outros para abençoar este ou aquele empreendimento energético. A equação tem que ir mais longe.
No caso dos rios, já se verificou em alguns setores uma visão mais cautelosa e naturalista, e tem havido até desmontagens definitivas e programadas de algumas barragens. Esse é também um fator que tem que entrar na equação.
José Carlos Marques, envia-me este texto acima, que partilho por acordo. Faltou referir o crime, o maior crime ambiental deste século, em Portugal, Alqueva, a Aldeia da Luz e a destruição de milhares de hectares de montado, e hoje a degradação total dos solos, também com agricultura intensiva e destrutuva. Tudo isso é tema do livro, ora em conclusão.
Isto mesmo! 2
Cont.
No caso dos rios, já se verificou em alguns setores uma visão mais cautelosa e naturalista, e tem havido até desmontagens definitivas e programadas de algumas barragens. Esse é também um fator que tem que entrar na equação.
José Carlos Marques, envia-me este texto acima, que partilho por acordo. Faltou referir o crime, o maior crime ambiental deste século, em Portugal, Alqueva, a Aldeia da Luz e a destruição de milhares de hectares de montado, e hoje a degradação total dos solos, também com agricultura intensiva e destrutuva. Tudo isso é tema do livro, ora em conclusão.
Tecno-cientificismo
é uma das cabeças da hidra, que a ecologia política denuncia, ao contrário de sectores produtivistas.....
e não podemos ficar pela teoria e pelas palavras.
Leonorana
Por esta recessão o apetite é grande:
https://leonorana.net/leonorana-6
já solicitei a reserva de um exemplar, assim volte ao rectângulo a concretarei.
Que estiver interessado SFF contactar a Campo Aberto! Obrigado J.C.M.
Lorca
tem tudo, tudo que ver com a ecologia política:
https://www.dn.pt/opiniao/onze-minutos-com-lorca-16954003.html
como sabem penso que esta é um pensamento global, nunca esqueço um jornalista que haveria de ser secretário de Estado (do P.S.) que abandonou os Amigos da Terra por termos apoiado o Solidarnosc, contra o golpe comunista de Jaruzelski. Na sequência surgiram os Verdes....tempos outros.
Tudo está relacionado!
Aqui para quem o quiser:
https://www.casadellibro.com/libros-ebooks/federico-garcia-lorca/3232
muitos estão traduzidos. Um artista genial!
Intensivismo
Envia-nos o nosso amigo e colaborador Fernando S. Pessoa uma nota a propósito da notícia de ontem sobre o mar de Aral. A transcrevemos parcialmente:
"É impressionante os milhares de solos desertificados que deixaram sem modo de vida milhares de camponeses, e as carcaças de navios a apodrecer nas margens secas do mar. Tudo obra dos grandes engenheiros agrónomos produtivistas soviéticos, que desviaram os rios que afluíam ao Mar de Aral, para irrigarem milhares de ha de algodão; quando deixou de produzir...foram-se embora. É um pouco como os regadios intensivos do nosso sul português, quando o lucro deixar de interessar ao capital investido, larga e vão para outro lado..."
Recordo quando andámos com G.R.T. a procurar e apresentar alternativas a este produtivismo sem sentido que matou, matou mesmo dezenas de habitantes da região, e a desertificou completamente. Hoje os solos quase não existem, camponeses não há (há, sim, umas centenas de vietnamitas....) a água suja (cheia de contaminantes) continua a ser desperdiçada a esmo, e as monoculturas esgotam o espaço. Mas os média da hegemonia e os seus escribas (eu fui censurado num jornal pago pela EDIA, por ousar criticar o empreendimento sem fim, o Diário do Alentejo) continuam a publicar páginas em louvores...... sem contraditório, como é aliás hábito generalizado.