Pensando como uma Montanha
É com esse título (que é explicado no artigo) que sairá amanhã no Publico online (que tentarei aqui trazer) um artigo, meu e de Florival Baiôa do Beja Merece Mais, demolidor contra os aviões, e aeroportos que nos querem enfiar no lombo. Mas também contra as idiotices e atentados ambientais que à pala, de mais aviões e emissões que (mas quem é que pretendem enganar?) contribuem, mas mesmo para as alterações climáticas, que eles dizem, (mas quem pretendem enganar) procurar contrariar.
Reduzir o número de voos na Portela, iniciando um processo de deslocalização e claro redução das low costs, preparando o terreno para a deslocação dos voos de longa distância para Beja e estruturando (mas quem é que eles tentam enganar com a ideia dos comboiozinhos?) uma rede ferroviária nacional e internacional com capacidade, não é difícil, nem para tal há falta de guito:
Diz-me o Acácio P. ( um grande abraço!):
#De acordo com a Comissão Europeia Portugal, perdoa todos os anos 463Milhões € (Pag 101https://op.europa.eu/en/public
Pagamos o mesmo nível de impostos indirectos se comprarmos uma cenoura ou um bilhete de avião; o gasóleo necessário para transportar medicamentos, doentes graves ou viveres para zonas de catástrofe paga mais impostos do que o jetfuel usado num avião que transporta turistas.#
Leiam o artigo, comentem-no. Nele também falamos do Montijo, e das pseudo alternativas de Alverca e Alcochete, em linhas.
A única alternativa séria é mudar o paradigma, reduzir o tráfego aéreo, ir reduzindo a Portela, com o actualmente existente existente. Não nos venham atirar areia para os olhos, ou aliás não nos enterrem a cabeça. Não somos avestruzes!
Somos montanhas, e como elas pensamos.
Portos e outras coisas
Aqui uma que partilho, salvo na tibieza da crítica, e na falta de apontar dedo claramente.
https://www.lpn.pt/pt/noticias/em-defesa-do-estuario-do-sado-que-a-memoria-nao-nos-falhe
é que paninhos quentes e água benta....
Revista (s)
Recebo, julgo que vindo do Miguel M. esta revista:
http://www.mientrastanto.org/boletin-186/
que devo dizer li, alguns artigos en passant. Não me agrada a colagem de ideologia a factos, e dados objectivos que têm a sua história e lógicas próprias e não precisam de seja que ideologia seja para existirem e se tranformarem.
Já li muito disso e nada ficou, a não ser quando escalavramos, dissecamos e ultrapassamos o facciosismo.
Mas esta aqui vai, a partir dela podemos ter acesso a outras na mesma linha, eles fuzilar-me-iam só por achar que são da mesma linha! Há sempre um Calvino por detrás de um revolucionário....
Antropoceno
Há alguns anos na Universidade de Aveiro falei a uns jovens quase mestres do Antropoceno. Na altura era um tópico novo. Julgo também que fui um dos primeiros que usei o termo, e o expliquei em artigos vários.
Hoje assisti a uma simpática conferência do Antropocene Campus Lisboa (Parallax) https://parallax.ciuhct.org de Scott Knowles, que foi excelente na vertente dos pequenos muitos que fazem o grande caos.
Pena a confusão que fez, talvez devida ao contacto com algum esquerdismo universitário português, entre o eucalipto e o fascismo, e imiscuir no tema o nacionalismo e a expansão, trocando datas e lógicas do capital financeiro.
Mas uma boa iniciativa, e que deve continuar
Alfacinhas???!
Lisboa, em conferências
Parece bonito, claro com algumas coisas a tirar e outras a faltar, mas seria interessante que o Zé nos dissesse quantas, quantas árvores abateu, seja por podas erradas, seja por negligência, ou por perturbar algum trânsito.
E Lisboa verde não pode ignorar os aeroportos que se lhe metem pelos olhos dentro, ou os cruzeiros que lhe enchem o espaço do rio, que nunca mais se recupera, ou a negligente ocupação urbana e a degradação continuada do património, cheia de especulação e ganhócios, ou a falta de uma ideia global e articulada para a cidade.
Mas temos árvores e ilusões.