Presidenciais!!!!!
Já está no ar, longe dos holofotes da hegemonia, uma candidatura presidencial, a que espero consagrar grande parte do meu activismo no próximo ano*.
É preciso, é urgente, se sabe, se sente.
Contra o extractivismo que invade o território (prospecções até em cima da nossa cabeça), contra o intensivismo (veja-se a vinha, a oliveira, o tomate, o abacate, etc.) que na actual lógica destróiem os solos, degradam as águas, e acabam com os campos, o produtismo e o consumismo que aniquilam a sustentabilidade económica com a ideia tonta de mais crescimento (mas para onde e para quê), o guerrismo em que nos mergulharam onde o discurso da paz é considerado um erro de estilo e censurado.
E contra um sistema político eleitoral caduco e a precisar de reforma, incluindo as próprias presideniais.
Dir-me-ão mas:
1- para quê? Pois para abrir um espaço socio-comunicacional que agregue as múltiplas, inúmeras oposições cívicas, ambientais e sociais e de direitos e dar-lhes uma voz que possa continuar o grito. E para mostrar que há, há mesmo alternativas socio-económicas ao caminho para nada a que as actuais políticas nos conduzem
2- Mas quem? Já foi tentada uma candidatura presidencial ecologista. Éramos outros e outro tempo. Hoje sabemos e conhecemos, as nossas diferenças e as nossas bases. O discurso estruturou-se e temos ao fim deste tempo todo apurado as pessoas que o produzem.E sabemos.
3-E depois? A urgência do mundo credita-nos com a necessidade a continuar a agir. O objectivo da candidatura deve ser o de romper um espaço fechado e criar condições de horizontalide para agregar forças. Logo se verá. "Hoje é sempre todavia".
* Irei também estar atento, nos vários locais onde deixei as minhas impressões às autárquicas e também, em princípio com Tomaz Albuquerque, velho amigo e camarada, com o qual já escrevi um livro, que tenho por fundamental, sobre o sistema eleitoral autárquico e a história destas instituições, produzir outro sobre o sistema de Oclocracia em que vivemos., O poder da multidão, sempre manipulada pela hegemonia.